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Prêmio contempla o cinema nacional
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15/04/2008 | 07:03
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Mais de cem filmes, entre longas de ficção e documentários, foram listados pela Academia Brasileira de Cinema para chegar aos indicados que disputam hoje o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, no Rio. A festa que deixou de ocorrer no ano passado, por falta de patrocinador, tem agora o aval da Vivo e o troféu passa a se chamar Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro.

 Foram habilitados para a competição os filmes lançados entre 1º de julho de 2006 e 31 de dezembro de 2007, o que permite que duas vencedoras da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Artes) em anos diferentes – Hermilla Guedes, por O Céu de Suely, em 2006; e Carla Ribas, por A Casa de Alice, em 2007 –, concorram agora a melhor atriz, pelos mesmos filmes.

 Em todo o mundo, existe uma tendência da mídia a simplificar as coisas para o público médio. O Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro seria, ou é, o Oscar do Brasil. Como a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, a Academia Brasileira de Cinema divide as categorias de ficção e documentário. Existem cinco filmes indicados na categoria de melhor ficção e cinco na de melhor documentário, mas o prêmio de direção é apenas um, englobando as duas categorias.

 O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias e Tropa de Elite lideram as indicações entre as obras de ficção, ambos concorrendo em 13 categorias, incluindo melhor filme e diretor, respectivamente Cao Hamburger e José Padilha. Tropa concorre também para melhor ator (Wagner Moura) e melhor coadjuvante (Milhem Cortaz).

 O Ano tem duas indicações para melhor coadjuvante – Caio Blat e Germano Haiut. Hermilla Guedes tem duas indicações – para melhor atriz (O Céu de Suely) e melhor coadjuvante (O Baixio das Bestas).

 O prêmio contempla o melhor filme estrangeiro. Se o colegiado da academia fizer a coisa certa, Pedro Almodóvar leva, por Volver. Mais um Se... Se o Grande Prêmio Vivo for comparado ao Oscar – mas a brasileira e a norte-americana são cinematografias muito diversas; a nacional não tem o peso industrial da outra –, teremos hoje o Grande Prêmio Vivo Especial, o Oscar honorário, de carreira, do cinema brasileiro. Renato Aragão sobe ao palco para receber o reconhecimento de seus pares, ele que acaba de concluir no sábado, em São Paulo, a rodagem de seu 47º filme – O Guerreiro Didi e a Ninja Lili, com direção de Marcus Figueiredo.

 Os indicados a melhor filme são: O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias, Baixio das Bestas, O Céu de Suely, O Cheiro do Ralo e Tropa de Elite. A melhor diretor: Beto Brant e Renato Ciasca (Cão sem Dono), Cao Hamburger (O Ano), João Moreira Salles (Santiago), José Padilha (Tropa) e Karen Ainouz (O Céu de Suely).

 A melhor ator, João Miguel (Mutum), Lázaro Ramos (Ó Pai, Ó), Marco Ricca (A Via Láctea), Matheus Nachtergaele (Baixio das Bestas), Selton Mello (O Cheiro do Ralo) e Wagner Moura (Tropa). Para melhor atriz, Andréa Beltrão (Jogo de Cena), Carla Ribas (A Casa de Alice), Dira Paes (Baixio das Bestas), Hermilla Guedes (O Céu de Suely) e Patrícia Pillar (Zuzu Angel).



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