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Inflação desacelera na região do Grande ABC

Alta no custo de vida foi de 0,34% segundo pesquisa realizada do Inpes (Instituto de Pesquisa da USCS)

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
06/08/2008 | 07:04
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O nível de inflação no Grande ABC registrou desaceleração em julho. A alta no custo de vida foi de 0,34% segundo pesquisa realizada pelo Inpes (Instituto de Pesquisa da USCS - Universidade de São Caetano do Sul, ex-IMES), muito abaixo da alta de 0,99% apurada no mês anterior.

Com isso, a inflação acumulada na região desde o início do ano ficou em 3,98%. Nos últimos 12 meses atinge 6,73%. Mesmo apresentando desaceleração, o aumento do custo de vida continuou sendo impulsionado pelos grupos de alimentos e despesas pessoais, em julho.

Segundo o Inpes, a alimentação responde por mais de dois terços da inflação apurada no período, mesmo considerando que esse setor registrou reajuste abaixo do que foi verificado em junho.

"Os preços da carne bovina e dos cereais, como o arroz e o feijão, estiveram mais baratos em julho do que no mês anterior", conta o assistente de coordenação da USCS, Lúcio Flávio Dantas.

Em contrapartida, os alimentos in natura apresentaram alta de 0,40%, puxada pelos legumes (que subiram em média 4,54%), ovos e frutas, que encareceram 1,54% e 0,82%, respectivamente.

Uma alta mais moderada não era esperada, principalmente no que diz respeito aos alimentos. Esse cenário é reflexo do menor poder de compra dos consumidores.

"Com o reajuste de alguns dos preços, os consumidores aprenderam a fazer opções e buscaram alternativas. Um exemplo é a troca do feijão e do arroz pelo macarrão. É a famosa lei da oferta e da procura. Consumindo menos, os preços abaixam, e vice-versa", afirma o assistente de coordenação.

A queda da taxa de inflação na região não significa que os produtos estão mais baratos, mas que estão sofrendo reajuste de forma mais lenta.

AGOSTO - Para este mês, a equipe do Inpes espera uma retomada gradativa no ritmo de crescimento da taxa de inflação na região, principalmente, por causa dos novos padrões de preços adotado para o serviço de telefonia fixa e de energia elétrica - que fatalmente irão contribuir para a alta do custo de vida.

Aumento na construção civil também foi menor

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou variação de 1,03% em julho, abaixo dos 1,24% registrados em junho, informou ontem o IBGE.

O resultado ficou acima do registrado em julho de 2007, quando o índice teve variação de 0,41%. No acumulado do ano até o mês passado, a alta do índice chega a 6,36% ante igual período de 2007 e, no período acumulado de 12 meses, houve aumento de 8,92%.

O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 637,69 em junho, para R$ 644,23 em julho. Desse total, R$ 369,04 se referem a despesas com material de construção e R$ 275,19, com mão-de-obra. A parcela do material ficou praticamente estável, apresentando alta de 1,4% em julho, ante 1,44% de junho.

No ano, o item material de construção acumula alta de 6,13% e, em 12 meses, de 8,98%. O componente mão-de-obra apresentou alta de 0,53% em julho, ante 0,96% em junho, acumulando aumento de 6,67% no ano e de 8,84% em 12 meses.

O índice da região Sudeste apresentou variação de 0,79%.




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