Cultura & Lazer Titulo Música
Bôscoli leva independentes para a TV
Por Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
16/06/2008 | 07:00
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Uma vitrine para a divulgação da música brasileira contemporânea. Assim poderia ser descrito o programa Radiola, que estréia hoje, às 19h30, na TV Cultura. Sob o comando do produtor musical e presidente da gravadora Trama, João Marcello Bôscoli, a atração tem uma hora de duração e traz reportagens e apresentações ao vivo de artistas nacionais dos mais diversos gêneros.

Entre os convidados desta edição estão o grupo Forgotten Boys e a cantora Ana Cañas, que participam do quadro Ao Vivo. Após apresentarem suas músicas, a banda e a intérprete concedem entrevista ao apresentador.

Ainda durante o programa, idealizado por Bôscoli e o veterano diretor Fernando Faro, o espectador confere a cobertura dos festivais South By Southest (realizado nos Estados Unidos) e Abril Pro Rock e Recbeat (ambos promovidos em Pernambuco). Na seção Arquivo, será exibida a performance antológica da banda Novos Baianos no programa MPB Especial, em 1973 pela TV Cultura.

O jornalista Fabio Massari falará sobre o cantor e compositor norte-americano Frank Zappa e, no bloco Meu Instrumento, o telespectador assistirá a uma aula sobre violoncelo.

Apesar do investimento no resgate de medalhões da MPB e do pop internacional, Bôscoli ressalta a preocupação do programa em retratar o atual cenário musical. "O programa praticamente inteiro é composto por coisas contemporâneas. Vamos ter um bloco dedicado à música independente, com dicas de coisas bacanas. A Trama é apoiadora dos festivais independentes", explica Bôscoli.

INTERNET E MERCADO - O produtor e executivo do mercado fonográfico destaca o caráter libertador da web no universo musical. "A internet deu ferramentas aos artistas, que não precisam mais pedir nada a ninguém para gravar. Deu a eles uma certa autonomia que antes não tinham. Se não caíssem nas graças das gravadoras, eram excluídos."

Segundo Bôscoli, o aumento da oferta de produtos musicais que chegam ao consumidor sem a interferência das majors deve ser visto como algo positivo.

"Até hoje, não encontrei uma outra razão para lidar com uma canção que não seja emocional. Há milhões de opções na rede. Ainda acho melhor ver as pessoas fazendo suas triagens de acordo com suas emoções que vivendo a etapa anterior, em que para gravar um CD dependiam das gravadoras."




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