Memória Titulo História
A tradição dos Cesário em Mauá

Paula Quintino, ‘Catira Az de Ouro: tradição, dança e cantoria’

Ademir Medici
13/10/2013 | 07:00
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Um dos momentos mais fortes do 12º Congresso de História do Grande ABC, Mauá 2013, foi a exibição do Catira Az de Ouro no Teatro Municipal. Três gerações presentes. Estremeceu o teatro, de emoção. Ao centro, os cantores e sapateadores. À direita no palco, padre José Mahon, acompanhando o ritmo das batidas, ao lado da irmã do prefeito, Jô Braga.

Uma nova Mauá se apresentava, feliz, participativa.

AZ DE OURO

Texto: Paula Quintino

Da confluência de expressões culturais muito distintas – ibérica, indígena e africana – nasce a catira, modalidade de dança repleta de palmeado, sapateado, canto e toque de viola. Expande-se em várias regiões do Sudeste brasileiro, dando forma ao que chamamos cultura caipira.

A tradição da catira é mantida pela família Cesário desde o início do século 20. Por volta de 1920, Delfino Cesário, violeiro e lavrador, nascido em Lavras, Minas Gerais), já fazia muitas cantorias e dançava a catira para comemorar o fim de cada safra nos terreirões e tulhas das fazendas onde trabalhava.

Seu filho, Jaci Cesário, nascido em 1935, dá continuidade à tradição com seus filhos e netos, primeiro em Tupã, São Paulo, e desde 1974 em Mauá, onde recebeu o título de Patrimônio Imaterial.

No filme realizado, mostra-se a cultura caipira viva e pulsante, mantendo sua forte expressão do interior brasileiro, em meio à verdadeira invasão cultural que vivemos.




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