Os 7.000 torcedores santistas que foram ontem à Vila Belmiro deixaram o estádio preocupados. Os desfalques limitaram a força ofensiva da equipe, que praticamente não incomodou o Botafogo e ficou em incômodo 0 a 0, chegando ao sétimo empate em dez rodadas do Campeonato Brasileiro.

Com dez pontos, o Peixe vê cada vez mais perto a zona de rebaixamento, enquanto o Botafogo, com 17, deixou o G-4.

O Fogão surpreendeu no início. Com cinco homens no meio, a equipe mantinha o domínio de bola e dificultava a armação das jogadas pelo time santista. Inusitadamente, mesmo na Vila, o Peixe usava os contra-ataques para tentar se impor, mas não conseguia.

Em falha no sistema defensivo dos cariocas, aos nove, Durval percebeu infiltração de Edu Dracena, descolou lançamento, mas o capitão pisou em falso no gramado, não dominou a bola e ainda se machucou, precisando ser substituído por Bruno Rodrigo.

O panorama da partida não se alterou e o Botafogo seguia melhor. Fellype Gabriel, aos 35, soltou a bomba que explodiu no travessão de Aranha.

Nos minutos finais, imprimindo velocidade, o Santos conseguiu assustar. Primeiro com Miralles, aos 38, que invadiu a área e chutou cruzado. Jefferson defendeu e, no rebote, o argentino tentou outra vez, mas o goleiro mandou a escanteio. Na cobrança, Bruno Rodrigo cabeceou para outra linda defesa do botafoguense.

O segundo tempo foi bem mais truncado que o primeiro. Percebendo a deficiência no meio, Muricy Ramalho pediu para que Felipe Anderson ocupasse o setor, caindo pela esquerda, mas o jogador não levava vantagem sobre os marcadores, fazendo com que o ataque santista ficasse improdutivo no jogo.

O Botafogo, por sua vez, não encontrava os mesmos espaços do início e, assim, as chances de gol eram raras.

Aos 31, Rafael Marques, de cabeça, mandou por cima. Na última chance, aos 44, Victor Andrade deu lindo passe para Felipe Anderson, na área, mas o meia não fez o gol da vitória.