Economia Titulo Acordo coletivo
Trabalhadores do setor de telecomunicações aprovam greve

Categoria recusa reajuste de 5,59%; paralisação terá início dia 20, caso não haja contraproposta

Tauana Marin
11/05/2013 | 07:00
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Os funcionários das empresas prestadoras de serviços do setor de telecomunicação aprovaram greve por tempo indeterminado, a partir do dia 20, durante assembleia realizada na manhã de ontem. A decisão foi em sinal de recusa ao reajuste - aplicado nos salários, pisos e demais benefícios - proposto pelo sindicato que representa as empresas de telecomunicação - de 5,59%. A categoria reivindica, no mínimo, aumento de 8%.

Os trabalhadores votaram, por unanimidade, contra a proposta das empresas para a Convenção Coletiva 2013/2014 e a favor da paralisação. Segundo o diretor regional do Sintetel-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo), Mauro Cava de Britto, a classe trabalhadora não pode aceitar a sugestão. "É praticamente a reposição da inflação. Queremos aumento real."

A categoria pede reajuste do auxílio-alimentação, para R$ 17 por dia (hoje é de R$ 15), além da ampliação do auxílio-creche. "É bom lembrar que esse é o valor mínimo (para a alimentação)", diz Britto.

Além do reajuste ter sido considerado irrisório, as empresas também apresentaram alteração na redação da cláusula de assistência médica. Segundo o sindicato, houve a exclusão do limitador de valor do desconto do empregado e dependentes, ou seja, mantido o percentual de 50% para cada parte, excluindo o limite de desconto. Até hoje, os trabalhadores desembolsam no máximo R$ 35 por pessoa com convênio médico.

NEGOCIAÇÃO - Britto conta que após a assembleia - que teve 260 participantes - o sindicato patronal entrou em contato e agendou reunião com o Sintetel-SP na terça-feira. "Esperamos resolver toda a situação na semana que vem, para levarmos aos trabalhadores. Caso contrário, a greve começa dia 20."

No Grande ABC, os funcionários que trabalham nas empresas prestadoras de serviços somam 1.000 pessoas e no Estado, 45 mil. A data base da categoria é no dia 1º de abril.

Vale lembrar que o Sintetel-SP também representa outras categorias do setor (entre elas estão os telefonistas e trabalhadores de call center). Com isso, o sindicato tem em sua base cerca de 250 mil trabalhadores no Estado de São Paulo.




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