Já a CPI do Futebol amplia a devassa nas empresas do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. A comissão decidiu solicitar ao Banco Central informações sobre operações financeiras da Ameritech Holding, entre 1996 a 1998. A CPI desconfia que a Ameritech e a Minas Investimentos figuram em supostas negociatas de Teixeira.

Enquanto isso, os deputados da CPI da CBF/Nike apertaram nesta quarta os representantes da Nike para que eles confirmassem a interferência da empresa na escalação da Seleção Brasileira. Os diretores de Relações Públicas e de Finanças da patrocinadora oficial da CBF, Ingo Ostrowsky e Amadeu Aguiar Júnior, negaram terminantemente de que isso tenha ocorrido na Copa de 1998 ou em qualquer outro momento. Segundo eles, o relacionamento da Nike com a seleção é a de patrocinadora e de fornecedora de material esportivo. Pelo menos 15 deputados ligados a federações estaduais foram denunciados pelos próprios colegas como integrantes de um complô destinado a truncar a CPI da CBF/Nike. O grupo contrário à seqüência dos trabalhos teria chantageado a bancada governista com uma proposta estranha: a de que iria apoiar a CPI da Corrupção se eles, líderes, atendessem ao pedido para prorrogar as investigações por mais 60 dias.