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Bolsa dá pausa no ciclo de queda e fecha em alta; dólar despenca
Do Diário OnLine
17/08/2007 | 17:39
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A decisão do Fed (Banco Central dos Estados Unidos) de cortar a taxa de juros para os bancos e flexibilizar as regras de empréstimo fez com que a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) iniciasse o pregão desta sexta-feira em alta. Porém, a realização de lucros de alguns investidores e a tensão desencadeada pela crise no setor imobiliário dos Estados Unidos fez a bolsa paulista operar sem uma tendência definida durante o restante do dia.

Após registrar seis quedas consecutivas, o índice Ibovespa fechou em alta de 1,33%, aos 48.558 pontos. A valorização, no entanto, não repôs as baixas dos últimos pregões: na semana, o mercado paulista acumula perda de 7,75%. O dólar comercial fechou em forte queda de 3,19%, cotado a R$ 2,027 para a venda. 

Nesta manhã, o Fed anunciou o corte em 0,5 ponto percentual da 'taxa de redesconto', passando de 6,25% para 5,75%. A 'taxa de redesconto' é aquela paga pelos bancos, quando os mesmos necessitam de um empréstimo de somente um dia – algo muito comum no mercado. Também passou a ser permitido que bancos centrais regionais dos EUA emprestem dinheiro para outros brancos norte-americanos, o que deve aumentar o fluxo de capital no mercado e, conseqüentemente, os negócios.

A notícia do Fed deu ânimo aos mercados financeiros. Desde semana passada, as bolsas de todo o mundo enfrentam uma instabilidade por conta da crise no crédito imobiliário de segunda linha (subprime) nos Estados Unidos. Na quinta-feira, a Bovespa, afetada por esses 'solavancos econômicos', chegou a despencar 8% durante o dia.

Em comunicado, o Fed deixou claro que está em alerta para tomar novas medidas que possibilitem o 'aquecimento' dos mercados pelo mundo, já que os EUA são o centro da atual crise. "As condições do mercado financeiro têm se deteriorado, e o aperto no crédito e o aumento das incertezas têm o potencial de restringir o crescimento econômico", diz a entidade na nota divulgada nesta sexta-feira.

Nesta manhã, o banco central dos Estados Unidos injetou US$ 6 bilhões no mercado financeiro, como forma de garantir a liquidez das instituições bancárias. Desde o dia 9, o Fed já disponibilizou US$ 94 bilhões para amenizar a crise desencadeada pela inadimplência nos empréstimos hipotecários do país.




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