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Nissan X-Trail - Hora do recreio!
Por Paulo Bittencourt
Da agência Hp Press
30/06/2005 | 08:51
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O Nissan X-Trail, o jipinho moderno que a Nissan está trazendo do Japão para reforçar seu time de produtos no Brasil, tem algo de curioso. O sistema de tração 4WD, que significa tração 4x4 permanente, é parcial. Isso é possível graças a um sofisticado e compacto sistema de transmissão que só entra em funcionamento quando a roda perde aderência repentinamente. O X-Trail chega para defender sua fatia em um segmento de mercado que cresce a cada ano no Brasil. Outro atributo é o elástico motor de 2.5 litros que oferece 180 cv. O preço vai ficar próximo de R$ 130 mil.

Embora seja um off-road, esse Nissan está longe dos modelos mais capacitados para o fora-de-estrada, um departamento em que a marca tem muita propriedade. O X-Trail é recomendado para aqueles usuários que pisam de leve nos terrenos menos aderentes. Embora seja um autêntico crossover (mistura de perua com SUV), o X-Trail consegue ser mais autêntico na proposta de fora-de-estrada do que alguns modelos concorrentes, como o Mitsubishi Airtrek.

Antes de jogar o X-Trail em uma aventura mais radical, é conveniente observar um pouco seu apelo visual e os recursos para seduzir os que estão pensando muito mais no estilo e no conforto do que propriamente em sujar os pneus de lama. Seu design traduz bem a proposta de veículo de "recreação 4x4", estabelecendo uma linha equilibrada entre robustez, consistência e requinte. A frente desse Nissan é a parte que está mais próxima do estilo fora-de-estada. Se correr os olhos pela lateral e traseira vai ficar com a impressão de que esta vendo um perua com dimensões mais avantajadas.

Embora tenha vão livre do solo razoável (200 mm), a altura total não consegue impor respeito. O que salva é o bagageiro no teto, um recurso que a marca usa em quase todos os seus modelos do segmento. Com desenho e confecção caprichados, o acessório reforça a mensagem de "estou pronto para a aventura" e ainda comporta um suplemento de 100 kg de carga, um reforço aos 410 litros do porta-malas que possui treze ganchos para fixação dos volumes.

O belo desenho do painel frontal e os pequenos espaços no interior da cabine são o cartão de visita para quem entra no carro. A boa ergonomia só faz aumentar essa satisfação. Tudo é muito prático e eficiente no momento de lidar com o veículo. Os comandos estão bem visíveis e fáceis de serem manuseados, inclusive o botão giratório que aciona a intensidade da tração que se desejada usar. Outro detalhe que chama a atenção é o quadro de instrumentos na posição central do painel. A facilidade de leitura dos instrumentos é outra virtude da ergonomia.

O motor de 2.5 litros é outra qualidade do carro. Sua manufatura, em alumínio, revela seu bom nível técnico. O sistema de controle contínuo variável de abertura e fechamento das válvulas (CVTC), é outro requinte tecnológico. Esse mecanismo permite que o motor tenha rendimento otimizado em uma ampla faixa de giro. Para o mercado nacional a engenharia e decidiu abusar da eletrônica e extrair dele declarados 180 cv de potência e um torque de 25 mkgf que está pleno a 4.000 rpm.

O câmbio automático atende de forma rápida ao comando do acelerador, o que proporciona boa agilidade. Outro ponto que pareceu favorável foi o consumo do motor em trânsito urbano e rodoviário. Nessas condições fez, respectivamente, 7,4 km e 12,1 km, bons valores para essa cilindra, peso do carro (1,5 mil) e o fato de ter câmbio automático.

Tração permanente parcial - O mais divertido, entretanto, aparece quando se coloca os pneus do X-Trail na terra. O sistema de tração, demoninado All Mode, permite três opções de uso. Embora seja um 4WD (tração 4x4 permanente), quando se coloca a chave giratória no modo 2WD, a tração acontece somente nas rodas dianteiras e só age nas traseiras diante de perde de aderência.

No modo "auto", a tração é distribuída para o eixo traseiro conforme as condições de aderência do terreno com distribuição de torque na proporção de 57% no eixo dianteiro e de 43% no eixo traseiro. Ao girar o botão para a posição "lock", o sistema passa a operar no modo 4x4 continuamente desde que a velocidade não ultrapasse a 30 km/h.

Nesse estágio até que se pode apostar nas investidas mais difíceis, pois o sistema ainda conta com bloqueio, o que aumenta sua eficiência. Mas não exagere. Apesar das boas medidas de off-road, o X-Trail tem pneus péssimos para a terra, quanto mais para as trilhas mais bravas. O modelo ataca bem as rampas (ângulo de entrada de 290) e consegue sair com facilidade (260). O vão livre de 200 mm não é nenhum referência mas empata com a maioria dos modelos com essa proposta. O lado positivo é que não é necessário escalar o carro toda vez que se tem que entrar nele.




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