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Cresce consumo de álcool entre jovens da UE, diz pesquisa
Da AFP
22/10/2003 | 14:49
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Um relatório publicado nesta quarta-feira indica que dois terços dos jovens de 16 anos admitem ingerir bebidas alcoólicas, um problema crescente na Europa. "Em toda a União Européia e em países-candidatos o álcool é a substância de alteração da consciência mais usada pelos jovens", segundo o informe anual do Centro de Monitoramento de Drogas e Dependência de Drogas, com sede em Lisboa.

"Pesquisas escolares com jovens de 15 e 16 anos da UE mostraram que entre 36%, em Portugal, e 89%, na Dinamarca, disseram ter bebido uma vez em suas vidas. "O crescente consumo de álcool em festas, cinco ou mais doses em série, foi relatado no fim dos anos 90, particularmente na Irlanda e na Noruega", informou a pesquisa.

Em quase todos os dez futuros-membros da UE e no sul da Europa, cerca de dois terços dos jovens entre 15 e 16 anos admitiram terem ficado bêbados pelo menos uma vez em suas vidas.

"Os descritos como 'bebedores experientes', os que ingeriram álcool 40 vezes ou mais em suas vidas, aumentaram em pelo menos seis destes países entre 1995 e 1999. Na República Tcheca, por exemplo, o aumento foi de 22% a 41% e de 18% a 26% na Polônia", destacou o informe.

Segundo a pesquisa, a reação à bebedeira varia entre os jovens do norte e do sul da Europa, com o maior nível de desaprovação,80% registrado na Itália, e o menor, 32%,na Dinamarca.

O Centro também destacou que o consumo de drogas entre os jovens tem tido um crescimento constante nos últimos dez anos. "A UE está longe de alcançar o objetivo que se propôs de reduzir o consumo de drogas entre os jovens até 2006", disse o presidente do centro, Marcel Reimen.

Maconha — As variações da maconha continuam sendo as drogas mais populares entre os jovens, com 35% dos adolescentes de 15 a 16 anos na França, Grã-Bretanha e República Tcheca admitindo o uso da droga pelo menos uma vez. Na França, 14% dos jovens de 18 anos admitem seu uso pelo menos 20 vezes ao mês, continuou a pesquisa.

"A Europa se mantém como o maior mercado mundial para a resina da canabis (haxixe), respondendo por cerca de três quartos das apreensões mundiais. A erva da maconha, cultivada na UE, também está se tornando mais disponível", continuou.

Segundo o Centro, o poder entorpecente da canabis também está aumentando, e propõe um maior engajamento da saúde pública. A quantidade do ingrediente psicotrópico tetraidrocannabinol (THC) disparou de 5% a 10% nas duas variedades, com algumas amostras contendo 30%", denunciou a pesquisa.

"Embora haja algum motivo para um otimismo cauteloso ao examinarmos o problema de drogas na Europa, ele tem aumentado a preocupação de que nós não estamos tendo o impacto suficiente no combate ao uso intenso e a longo prazo por um preocupante e crescente número de jovens em muitos países da UE", disse o diretor do Centro, Georges Estievenart. "Em termos gerais, a tendência ao uso de drogas continua crescente e novos problemas estão surgindo", concluiu




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