O parlamentar mais velho do Iraque, Dhari al-Fayyad, 87 anos, foi assassinado nesta terça-feira em Bagdá. Ele, seu filho e três guarda-costas morreram em um atentado suicida cometido contra seu comboio.

Este foi o primeiro assassinato de um membro da Assembléia Nacional, eleito na votação de 30 de janeiro. Outros parlamentares já haviam escapado de atentados, como o curdo Freidoun Abdel Kader e o sunita Michaan Yuburi.

O atentado aconteceu no bairro de Rachidiyah, 25 km ao norte de Bagdá e reduto da poderosa tribo dos Albu Amer, da qual o xeque Fayyad era líder. Sua influência se estendia às populações majoritariamente xiitas dos campos ao norte de Bagdá e da província de Diyala, ao leste.

Fayyad foi eleito para a Assembléia Nacional pela AUI (Aliança Unificada Iraquiana), a lista xiita que venceu a votação. Ele havia perdido o cargo de deputado em 1958, quando a monarquia foi derrubada pelo golpe do general Abdel Karim Kassem. Preso durante um ano depois que o Partido Baath assumiu o poder em 1968, se retirou para suas terras até a queda de Saddam Hussein em abril de 2003.

"Os que mataram o xeque Fayyad são criminosos que tentam destruir o país e os que tentam mediações com eles o fazem com inimigos do Iraque", afirmou Humam Hammudi, chefe da comissão parlamentar responsável pela redação da Constituição. Ele fazia referência às declarações do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, que no domingo admitiu contatos entre representantes americanos e insurgentes.