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Cheque especial e cartão de crédito: vilões da conta bancária
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
19/10/2008 | 07:08
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Um vestido, um sapato, uma bolsa. Comprar. Muitas vezes a falta de educação financeira pode levar o consumidor a ficar com a conta bancária no ‘vermelho', por dívidas no cartão de crédito e a utilização exagerada do cheque especial, que é visto erroneamente como complemento do salário.

"Geralmente, a pessoa fica com a conta no ‘vermelho' por não conseguir equilibrar uma equação muito simples: manter a receita (o salário) sempre maior que as despesas. É preciso criar o hábito de fazer as contas do quanto se gasta por mês, estabelecer um orçamento. Mas nem sempre as pessoas pensam nisso e acabam consumindo por impulso", explica o especialista em gestão e finanças, Claudio José Carvajal Junior.

Para ele, o primeiro passo para quem está endividado é negociar as prestações, parar de usar cartões de crédito e de incorporar o limite do cheque especial ao salário. "Afinal, são as modalidades que apresentam os maiores juros, que podem chegar a 12% ao mês, ou seja, mais de 180% ao ano", conta Claudio. Nesses casos uma dívida de R$ 100, em um ano passa a ser de R$ 280.

A melhor opção em casos como este é solicitar um empréstimo pessoal para o banco e quitar as dívidas, já que a tarifa é de 6% ao mês, um total de 80% ao ano.

Outra regra básica para não ficar com a conta negativa e boletos atrasados é cortar os gastos dentro de casa. "Despesas com serviços de água, energia elétrica e telefonia podem ser reduzidas se bem utilizadas", diz o consultor financeiro Marcos Crivelaro.

Ele conta que 80% dos gastos de uma residência estão ligados aos filhos, por isso, no caso do telefone, uma boa opção é optar por pacotes especiais, que barateiam o custo em até 30%. Isso também pode ser feito com celular, o chamado plano família, onde os usuários falam entre si por um custo menor. "Além disso, é preciso estudar o que é prioridade e reduzir as contas com internet e TV a cabo".

Os especialistas, autores do livro Como sair do vermelho e se tornar um investidor de sucesso, aconselham os consumidores a pesquisar os melhores prazos para pagamento, juros bancários e suas modalidades e melhores preços. "Durante o período em que a pessoa ainda não eliminou todas as dívidas, é preferível que efetue pagamentos à vista e não parcele compras em muitas vezes".

Planejamento - Depois de sair do ‘vermelho' e quitar dívidas, o ideal é se planejar para não se endividar no futuro. Para isso, nada melhor do que dividir o salário em várias partes. Para quem recebe uma base de R$ 2.000 ao mês, o ideal seria reservar 20% desse total, ou seja, R$ 400.

Metade desse dinheiro pode ser aplicado ou colocado na poupança, como reserva. O restante deve ficar na conta do banco para eventuais despesas. "As pessoas precisam estar preparadas para alguma emergência, como gastos com remédios", aconselha Claudio.




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