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Estevam ainda busca formação ideal do São Caetano para o Brasileiro
Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
04/06/2005 | 08:30
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A chegada de dez reforços para o Campeonato Brasileiro não chega a ser sinônimo de tranqüilidade no São Caetano. O técnico Estevam Soares, que ainda busca a formação ideal, encerrou nesta sexta-feira em Jarinu a primeira etapa da intertemporada com problemas: metade da equipe considerada titular atuou desfalcada num jogo-treino com o Guarani, visando a próxima partida do Nacional, sábado que vem, contra o Brasiliense, no estádio Anacleto Campanella.

Seis jogadores impediram o treinador de aperfeiçoar o entrosamento. Três deles serão obrigados a deixar o time na sétima rodada. Cumprem suspensão por cartões os zagueiros Douglas e Gustavo, além do lateral-direito Renaldo. Outros três passaram a semana toda no departamento médico: o volante Paulo Miranda, o meia Fábio Pinto e o goleiro Sílvio Luiz, todos poupados por causa de lesão.

As constantes mudanças prejudicam jogadores e comissão técnica. Uma rotatividade que, no entanto, não deve servir de desculpa pelas derrotas, como a ocorrida na última partida para o Figueirense, por 2 a 0, em Florianópolis. "Não podemos esconder nossos erros atrás de desculpas como essa. Claro que os desfalques prejudicam o entrosamento em campo, mas o elenco é de qualidade e tem capacidade para superar as dificuldades", afirmou Thiago, que deve substituir um dos zagueiros suspensos ao lado de Neto.

O entrosamento ainda é claro dentro das quatro linhas. Júlio César, o novo xerifão da equipe no meio-campo, acha que a entrada de "novas peças deve ser superada com muita conversa". "Boca fechada não ganha jogo. Esse tempo aqui em Jarinu serviu para aproximar os jogadores. Já estou me sentindo em casa", disse.

A relação com o treinador também tem melhorado com o tempo. "Temos um bom diálogo com o Estevam. É um técnico que escuta, deixa o jogador falar", revelou Júlio César. Durante o jogo-treino desta sexta-feira à tarde em Jarinu, Estevam deu um puxão de orelha na equipe.

Após reunir os jogadores no centro do campo, pediu empenho e, aos gritos, clamou por humildade, dizendo que o São Caetano não deve ter "estrelas" e que o sucesso será de todos. "Um time que não fala, que não briga, não vai para frente. Essa discussão é comum no futebol e serve para o bem da equipe. O importante é que existe o respeito entre todos", completou Júlio César.

Empate - O intervalo no Brasileirão, devido aos jogos da Seleção Brasileira nas eliminatórias, deu uma trégua aos clubes, que aproveitaram esse período para aperfeiçoar o parte física e técnica. Nesta sexta-feira, em Jarinu, o Azulão fez um jogo-treino contra a equipe B do Guarani.

O time campineiro surpreendeu os titulares do São Caetano ao abrir vantagem, em menos de cinco minutos, com dois gols. A diferença mexeu com o time de Estevam, que diminuiu numa cabeçada de Dimba. Canindé sofreu pênalti, após uma pedalada semelhante a de Robinho em Rogério na final do Campeonato Brasileiro de 2002 sobre o Corinthians. Dimba empatou. Na segunda etapa, já com as equipes totalmente modificadas, o placar acabou em 3 a 3 (gol de Renaldo para o Azulão).




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