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Em Mauá, G-14 implode e Marcelo conquista base

Após quatro meses de governo, prefeito vê oposição diminuir e alcança governabilidade

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
09/05/2021 | 00:01
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Claudinei Plaza/DGABC


Depois de quatro meses de governo, o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), assiste à construção da governabilidade com a implosão do chamado G-14 na Câmara, grupo de parlamentares que se autodenominavam independentes que acumularam diversas vitórias sobre as vontades do Paço.

O fim do grupo ficou evidente recentemente após a derrotada da proposta do oposicionista Sargento Simões (Podemos) de instaurar CPI para investigar falhas na prestação de serviços de iluminação pública, hoje sob responsabilidade do Consórcio Mauá Luz. Ao Diário, Simões atribuiu o fim do grupo à concessão de cargos aos parlamentares no Paço. Segundo o oposicionista, seis colegas abandonaram o projeto. “Você quer que eu fale o quê? O G-14 acabou”, lamentou Simões, que foi eleito na base de apoio do ex-prefeiturável Juiz João Veríssimo (PSD).

O G-14 foi articulado logo depois do segundo turno do pleito do ano passado. O primeiro triunfo do grupo sobre o governo Marcelo ocorreu logo no dia 1º de janeiro, quando elegeu o então oposicionista Zé Carlos Nova Era (PL) presidente do Legislativo mauaense. De lá para cá, também fez os vereadores governistas engolirem à seco o congelamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) deste ano.

O alcance da governabilidade permitirá ao governo Marcelo começar a dar cara à gestão, que ainda patina e não apresentou projetos estratégicos. Uma das propostas prometidas pelo petista está a reforma administrativa visando a redução de secretarias no governo.

A construção da base de apoio na casa onde cumpriu três mandatos incluiu a oferta de espaços na administração a figuras filiadas até no PSDB. Não à toa, o tucano Leonardo Alves vestiu a camisa do governo. O também tucano Eugênio Rufino, inclusive, criticou a abertura de CPI na Câmara. A movimentação pró-governo também atraiu parlamentares então aliados de Atila, como Samuel Enfermeiro (PSB).

A chegada de novos aliados coincidiu com a aprovação de projetos do governo que autorizaram a contratação direta de servidores, ou seja, sem concurso público, para a educação. O Paço também admitiu vários profissionais para atuarem na saúde. 




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