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Deputado Walter Pinheiro pede que ministros entreguem os cargos
Da Agência Brasil
14/06/2005 | 17:33
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O deputado Walter Pinheiro (PT-BA) defendeu, nesta terça-feira, que a sugestão do senador Tião Viana (PT-AC) seja acatada e todos os ministros entreguem seus cargos. De acordo com ele, apesar do presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ) não ter apresentado provas, ele demonstrou ter detalhes de um suposto esquema de corrupção no governo. "Diante disso, acredito ser necessário adotar a sugestão de Tião Viana, para que o presidente possa promover uma nova 'pactuação' com o Congresso sobre novos patamares. Se a proposta do senador for bem aceita, nenhum ministro deveria dormir ministro esta noite".

O deputado também pede a imediata instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) defendida pela base governista para que sejam investigadas as denúncias de mesadas pagas a parlamentares e de compra de votos para aprovação da emenda de reeleição. "A Câmara pode votar a instalação da CPI hoje e começar as investigações amanhã. Precisamos cruzar os depoimentos e iniciar processos de acareação entre os acusados".

Para a deputada Denise Frossard (PPS-RJ), o depoimento de Jefferson não pode ser invalidado pela falta de provas. Segundo ela, Jefferson indica caminhos para uma apuração que começa agora.

Jefferson presta depoimento neste momento para a Comissão de Ética da Câmara. Em entrevista publicada no dia 6 de junho pelo jornal Folha de S.Paulo, ele disse ter tomado conhecimento, por intermédio de diversos parlamentares, da existência de um esquema de pagamento mensal a deputados, o chamado 'mensalão', no Congresso. Deputados do PP e do PL, segundo ele, recebiam até o início deste ano R$ 30 mil por mês. Ainda segundo Jefferson, esse dinheiro seria pago por Delúbio Soares, tesoureiro do PT.

No último domingo, em nova entrevista ao jornal, Jefferson afirmou que o dinheiro utilizado pelo PT para pagar as supostas mesadas vinha de empresas e estatais. Apesar de dizer não ter provas, o deputado afirma que o dinheiro chegava a Brasília "em malas" e seria distribuído pelo tesoureiro Delúbio Soares, pelo publicitário Marcos Valério e pelo líder do PP na Câmara, José Janene (PR).




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