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Sem Lauro, Marcos banca candidatura
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
09/06/2020 | 00:01
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O vereador Marcos Michels (PSB) tentou até o último segundo que sua pré-candidatura à Prefeitura de Diadema fosse abençoada pelo primo, o prefeito Lauro Michels (PV), mas o verde decidiu apostar na chapa formada pelo presidente da Câmara, Pretinho do Água Santa (DEM), e pela ex-secretária de Habitação Regina Gonçalves (PV). Apesar do fato, Marcos diz que manterá seu projeto eleitoral rumo ao Paço e afirmou que ainda buscará gente descontente com a dobrada formada. “Respeito a posição do governo, respeito a candidatura do Pretinho. Me chamaram para a reunião (na semana passada, quando a chapa foi sacramentada), ouvi o que disseram. Ainda há as convenções, muita coisa vai acontecer. Tem muita água para rolar.”

Entrevero
Na assembleia extraordinária realizada ontem pelos prefeitos no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, mais um entrevero foi registrado entre Lauro Michels (PV), de Diadema, e Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo. O tucano sugeriu aos demais que fosse assinado documento cobrando do governo do Estado e da Polícia Militar fiscalização nos comércios abertos de maneira irregular nos municípios, uma vez que as cidades não teriam condições de cuidar desse assunto sozinhas. Lauro reagiu lembrando que, há dois meses, quando editou decreto flexibilizando a atividade econômica em Diadema, pediu que o Estado fizesse a fiscalização das lojas abertas fora dos limites, mas ouviu de Morando que não era necessário porque São Bernardo estava bem atendida. Os ânimos precisaram ser contidos pelos demais.

Miséria política
No sábado, quando o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi (PSDB), cancelou sua visita à região e os demais prefeitos optaram por não realizar a assembleia no Consórcio Intermunicipal, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), não escondeu a frustração. Disse que vivia em época de miséria política, sem citar nomes.

Neotucano
Ex-vereador de São Bernardo, Gilberto França se filiou ao PSDB na tentativa de retornar ao Legislativo. Em 2016, pelo MDB, recebeu 2.632 votos, mas como seu partido à época não atingiu quociente eleitoral e sofreu por ter um prefeiturável de baixa votação – Tunico Vieira, com 7.046 votos –, França ficou fora da legislatura. Ele tem lembrado que, há quatro anos, recebeu mais votos do que três parlamentares eleitos – Martins Martins (Podemos), Aurélio Bacelar de Paula (PSDB) e Fran Silva (PSD).

Crise no PRTB – 1
A chapa do PRTB em São Caetano sofreu baixas entre os pré-candidatos a vereador, entre eles Pedro Umbelino, que vinha para o pleito vestindo a camisa do MBL (Movimento Brasil Livre). Ele argumentou que sofria retaliação da direção da legenda por, publicamente, agradecer a atuação do deputado federal Kim Kataguiri. Também disse que havia recebido advertências e que ouviu que teria sua pré-candidatura ao Legislativo barrada pela cúpula da legenda.

Crise no PRTB – 2
Pré-candidato a prefeito de São Caetano e presidente do PRTB municipal, Thiago Tortorello ofereceu sua versão aos fatos. Negou que a advertência tenha sido aplicada pelo apoio de Umbelino ao deputado federal Kim Kataguiri, salientou que é “preciso haver uniformidade” dentro de um projeto político, “que deve estar sobreposto a anseios e aspirações individuais”, negou tentativa de censura a Umbelino e garantiu que buscou o então pré-candidato a vereador para conversar, o que lhe foi negado. Tortorello argumentou esperar pelo pedido de desfiliação. “O momento é oportuno para rememorar a célebre frase do escritor norte-americano Mark Twain e incitar a necessária reflexão: ‘Não há graus de vaidade, apenas há graus de habilidades de disfarçá-las’.” 




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