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Pacaembu chega aos 65 anos com charme e o retorno da seleção
Divanei Guazzelli
Do Diário do Grande ABC
27/04/2005 | 11:33
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O estádio mais aconchegante do futebol paulista, só comparável ao charme do Maracanã, chega nesta quarta-feira aos 65 anos. Para celebrar a data, o Pacaembu, que na época da inauguração, era o maior da América Latina, recebe novamente a Seleção Brasileira após 37 anos de ausência. Na última vez, em 9 de junho de 1968, o Brasil derrotou o Uruguai em amistoso. O adversário, a Guatemala, não tem futebol relevante nem mesmo no continente americano, mas pela seleção pentacampeã e o aniversário do próprio Pacaembu, a noite oferece contornos de um espetáculo de gala.

Como foi o 27 de abril de 1940, com 14 gols na rodada dupla que teve os já rivais Palestra Itália (o hoje Palmeiras) e o Corinthians em campos opostos. O Palestra fez a preliminar e arrasou o Coritiba por 6 a 2. No jogo de fundo, o Corinthians não deixou por menos, numa vitória por 4 a 2.

Foi no Pacaembu que Leônidas da Silva, morto em janeiro de 2004, perpetuou a bicicleta. Também por causa do ‘Diamante Negro’ que o estádio da praça Charles Müller, o introdutor do futebol no Brasil, recebeu o seu maior público: 71.281 pagantes num Corinthians e São Paulo, em 24 de maio de 1942. Atualmente, a capacidade do Pacaembu, segundo a Secretaria Municipal de Esportes, é de 40.260 lugares.

Grandiosos – Os números do Pacaembu são, de fato, grandiosos. O maior jogo de sua história foi um Santos 7 x 6 Palmeiras, pelo Campeonato Paulista de 1958, quando Pelé começava a dominar a cena mundial. Cabe ao São Paulo o privilégio da maior goleada do estádio, 12 a 1 sobre o Jabaquara, hoje na Segunda Divisão, também pelo campeonato estadual.

A grandeza do Pacaembu também se manifesta por instalações, hoje extintas, mas que historicamente mantêm a atração pelo local. Como a concha acústica, que existiu até 1970.

Até a inauguração efetiva do Morumbi, o Pacaembu era o centro das decisões do futebol paulista e até nacional. O último confronto, entre grandes, por uma final estadual, ocorreu em 1972, no título ganho pelo Palmeiras sobre o São Paulo, ambos invictos. Em 1995, o Botafogo-RJ ganhou lá o Brasileiro sobre o Santos.

O futebol profissional do Grande ABC também tem presença marcante no estádio. Em 2002, o São Caetano decidiu, e perdeu nos pênaltis, a final da Libertadores da América para o Olimpia, do Paraguai. Dois anos depois, o São Caetano se reabilitar ao conseguir o título estadual contra o Paulista.



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