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Desfiles do Fashion Rio viajam por épocas
Luciana Bugni
Enviada ao Rio
17/06/2005 | 08:23
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De elfos e fadas ao sertão nordestino, passando pelo Japão, o circo, o período colonial e Londres dos anos 70, as inspirações para o terceiro dia de desfiles do Fashion Rio marcaram uma viagem pelos mundos e épocas. O desfile da Sandpiper encerrou a noite desta quinta com presença de celebridades na passarela: Felipe Dylon, Evandro Mesquita e Paulo Zulu desfilaram pela grife. Nesta sexta, Gisele Bünchen desfila pela Colcci, que tem loja no Grande ABC.

O destaque desta quinta foi o sensível desfile da Lei Básica, cujo conceito é do estilista Ronaldo Fraga. Impecável trilha sonora nordestina comandada por seis músicos cegos deu graça ao desfile da marca, inspirado na terra de Lampião e Maria Bonita. Sobreposições, peças amplas e leves batas, foram apresentadas em jeans, voil e algodão. Confirmando a tendência, crochês e espelhinhos foram aplicados às peças, com muito brilho dourado e prata.

Não haveria cenário melhor para a exibição da coleção de verão da Tessuti. Inspirada no período colonial, a estilista Clara Vasconcellos mostrou suas peças na Ilha Fiscal, palco do último baile do império, antes de a monarquia brasileira cair. A manhã ensolarada, apesar da névoa que caiu sobre a cidade maravilhosa, serviu de moldura para a peças românticas, de cores inspiradas na bandeira brasileira. As estampas da coleção traziam palmeiras e outras plantas tropicais, camufladas por tecidos transparentes. Entre os tecidos, linho, algodão, sedas e tafetás, além de algumas camisetas com o ar moderno de malha que lembra gaze. Outra vez os laços estavam presentes, marcando a cintura dos vestidos, balonês e shorts.

Um ar tribal deu o tom ao desfile de Patrícia Vieira, inspirada em Londres da década de 1970. Com um jeito hippie, as peças apresentavam franjas longas e trabalhos de tecelagem, decotes, fendas e pespontos. Saias longas e mínis, shorts e camisas oversize eram feitas em couro leve para determinar a aparência de verão fresco, porém europeu. A trilha sonora dos anos 70 foi comandada pelo DJ Zé Pedro.

Com muito mais luxo, pedras preciosas marcaram o desfile da grife Virzi em peças leves, plissadas, com crochês e bordados, além de uma boa dose de transparência.

As modelos vestiam tecidos nobres, como chiffon, musseline, seda e tule em tons de marfim, cru, preto e verde. Cinturas bem marcadas e decotes sustentados por alças transparentes completavam os looks, com detalhes em quartzo, ônix, água-marinha e pérolas.

As peças da Lucy in the Sky tinham inspiração japonesa, que podia ser vista nos obi, tipo de cinto japonês que enfeitava as peças. Os casaquinhos curtos tinham mangas largas, no estilo oriental e forma apresentadas ao som de harpa ao vivo. A Blue Man abusou das cores em biquínis e maiôs recortados, com amarrações ousadas. A Drosófila se inspirou no circo, para apresentar peças em tons pastel que contrastavam com coturnos.

A repórter viajou à convite da organização do evento



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