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Instituto Mauá cria ventilador mecânico que auxilia em UTI

Equipamentos podem ajudar a evitar colapso nos hospitais em caso de aumento de demanda da Covid-19

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
06/04/2020 | 00:01
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André Henriques/DGABC


Com a alta demanda de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus na região – muitos deles internados –, a preocupação dos profissionais da saúde é com a falta de suporte de ventilação mecânica para auxiliar nos casos mais complexos, já que o principal agravante da Covid-19 é a insuficiência respiratória. Por causa disso, o IMT (Instituto Mauá de Tecnologia) colocou à disposição sua infraestrutura e seus profissionais no desenvolvimento do protótipo de ventiladores mecânicos.

Segundo o professor do Instituto e engenheiro responsável pela FabLab Mauá, Rodrigo Mangoni Nicola, o protótipo não substitui os ventiladores mecânicos convencionais, mas é um equipamento de uso em emergência. “A ideia veio do Exterior. O aparelho auxilia os ventiladores mecânicos, ou seja, consegue manter um paciente respirando caso tenha algum colapso no sistema do hospital”, destaca Nicola.

O engenheiro explica que toda adaptação do protótipo foi feita pelos alunos e professores do Instituto, em equipe que conta com sete pessoas. O equipamento já passou por testes técnicos de médicos, foi aprovado e agora aguarda a chancela da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para novas produções. 

“Aqui (no Instituto) conseguimos fazer todo aperfeiçoamento do protótipo e estávamos buscando parceiros da região para produção em grande quantidade”, destaca Nicola, que lembra que a montadora Mercedes Benz vai reproduzir os aparelhos na fábrica de São Bernardo. “Com o início desta produção, vamos conseguir expandir a distribuição, não só pela região, mas em outros centros”, detalha o engenheiro. 

MÁSCARAS - Além da mobilização por ventiladores mecânicos, o Instituto já iniciou a distribuição de máscaras faciais aos profissionais de saúde em centros médicos da região. Os itens foram retirados por profissionais do Hospital de Clínicas Municipal José Alencar, em São Bernardo, e pelo Hospital Mário Covas – como noticiado pelo Diário, o equipamento estadual de Santo André sofre com a escassez de material.

“Em uma semana conseguimos fabricar cerca de 350 máscaras para distribuição. Iniciamos a produção era com auxílio de uma impressora 3D, porém, só estávamos conseguindo fazer seis unidades por dia. Achamos outro projeto em corte a laser, também no Exterior, e com isso aumentamos nossa produção para 100 ao dia”, ressalta Nicola.

Para seguir com a atividade, o Instituto precisa de doações de PETG – termoplástico transparente – de meio milímetro ou mais finco. “Estamos buscando doações ou até mesmo um local que tenha para venda, pois o Instituto se disponibilizou também para comprar este material”, finaliza o engenheiro. 




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