O advogado Rogério Tadeu Buratti, ex-secretário de Governo do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi preso preventivamente nesta quarta-feira no município de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, sob as acusações de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e ocultação de documentos. Buratti está sendo transferido para o CDP (Centro de Detenção Provisória) da cidade.

Por meio de interceptação telefônica, a polícia gravou conversas de Buratti com o corretor Claudinei Mauad, que o ajudou na aquisição de fazendas. Nas conversas, Buratti pedia ao corretor que sumisse com os documentos, o que é considerado obstrução de prova e motivo para o pedido de prisão preventiva.

Antes de ser preso, Buratti prestava depoimento à Polícia Civil sobre a acusação de fraudar licitações para coleta de lixo em Ribeirão Preto e em outras cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ele foi vice-presidente da empresa Leão Leão, suspeita de participar das fraudes. O advogado também é suspeito de extorquir R$ 6 milhões da Gtech no processo de renovação do contrato com a CEF (Caixa Econômica Federal), em abril de 2003.

O Rogério Tadeu Buratti trabalhou com Palocci na época em que o ministro da Fazenda era prefeito de Ribeirão, entre os anos de 1993 e 1997, e foi afastado por suspeita de corrupção em 1994. Na último dia 9, em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos, Buratti negou relacionamento recente com Palocci.