Foi um massacre. Assim pode ser definido o clássico entre São Caetano e Santo André, disputado ontem, no Estádio Anacleto Campanella, pela segunda rodada da terceira fase da Copa Paulista. Com muito volume de jogo e aproveitando a fragilidade do adversário, o Azulão aplicou impiedosos 4 a 0, registrando a maior goleada do dérbi desde que foi disputado pela primeira vez, em 1993. Antes, os maiores placares eram duas vitórias por 3 a 0, do Ramalhão, em 2003, e dos são-caetanenses, em 2007.

Foram precisos apenas 15 minutos para que a superioridade técnica do São Caetano ficasse evidente. Mazinho, aproveitando cobrança de escanteio, e Gleyson, ao dividir com o goleiro Luís Augusto, mandaram para a rede e deram tranquilidade ao time comandado pelo técnico Marcelo Vilar.

Com formação inusitada, com o zagueiro Magno improvisado na lateral esquerda e o meia Léo deslocado para a ponta, o Santo André parecia perdido em campo. Erros de passe e de posicionamento facilitavam ainda mais as coisas para o São Caetano, que tocava a bola com tranquilidade e encontrava espaço entre os zagueiros. Por pouco o Azulão não materializou a goleada ainda no primeiro tempo.

Sem dar um único chute contra o gol adversário na primeira etapa, o Ramalhão esperava corrigir os problemas no intervalo. Mas o time voltou da mesma maneira, sobrevivendo de esporádicas arrancadas de Matheus Santiago e da tentativa de pivô do esforçado atacante Vitor Sapo.
Do outro lado, o São Caetano, que estreou o volante Karl, tinha controle absoluto do jogo e, mesmo sem forçar, marcou o terceiro com Jean Dias, em chute da entrada da área.

Já cabisbaixo, o Santo André ainda foi castigado com um pênalti, quando a bola tocou no braço do zagueiro Rafael Leme, dentro da área. Marlon, com muita categoria, deslocou Luís Augusto e deu números finais ao confronto.

Com quatro pontos, o Azulão lidera o grupo ao lado do Mirassol, que fez 2 a 1 na Ferroviária. O time de Araraquara está em terceiro, com três pontos, enquanto o Ramalhão, sem pontuar, é o lanterna.