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Márcio avisa Lauro que não quer ser candidato a prefeito

Após prefeito de Diadema escolher nome à sucessão em 2020, deputado diz que pensa no mandato

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
24/08/2019 | 07:00
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O deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos) avisou o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), de quem foi vice, que não pretende ser o candidato do governo à sucessão nas eleições do ano que vem. O verde cravou publicamente, em entrevista ao Diário, na semana passada, o nome do aliado como prefeiturável.

Márcio se reuniu com Lauro na quarta-feira, na Prefeitura. No encontro, o parlamentar demonstrou resistência em representar o grupo governista na corrida ao Parque do Paço, como deseja o prefeito. Segundo apurou o Diário, Márcio disse que deseja exercer integralmente o mandato na Assembleia Legislativa, para o qual foi eleito no ano passado. Também demonstrou preocupação com a saúde – sofreu infarto há quatro anos.

A decisão de Márcio já seria definitiva, mas governistas ainda tentam pregar o contrário. “Ele não disse com clareza se vai ou não ser candidato, apenas colocou os motivos dele, de querer seguir no mandato, até por ter um ritmo de trabalho diferente do da Prefeitura”, alegou o assessor especial do prefeito, Marquinhos da Liga (PV), que disse ter participado da reunião. “Ele (Márcio) prometeu definir em breve”, assegurou. A reunião no gabinete pautou as conversas reservadas entre os vereadores durante a sessão de quinta-feira, na Câmara.

A candidatura de Márcio a prefeito é trabalhada internamente no governo verde pelo menos desde a eleição do ano passado, quando o então vice-prefeito foi testado nas urnas no pleito estadual. A vitória, que veio após a cidade amargar hiato de nove anos sem eleger deputado, fortaleceu a ideia de lançar Márcio ao Paço.

Ao Diário, Lauro indicou que não pretende escolher outro nome à sucessão e avisou que não tem plano B. “Eu trabalhei a imagem do Márcio todo esse tempo junto ao governo para isso (ser prefeiturável). Então, o Márcio só não é candidato (a prefeito) por dois motivos: se Deus não quiser ou se ele próprio não quiser. Porque acho que todo o grupo político que está aqui espera”, declarou Lauro recentemente.

Com cenário sem Márcio, governistas começaram a ventilar outros nomes à disputa, entre eles o do vereador Marcos Michels (PSB), primo de Lauro, e o da secretária Regina Gonçalves (PV, Habitação). Também é citado nas apostas o nome do presidente da Câmara, Pretinho do Água Santa (DEM), eleito mandatário da casa em seu primeiro mandato com o patrocínio do governo. No que depender do prefeito, porém, Marcos e Regina podem pleitear apenas a vaga de vice na chapa governista.

Por meio de sua assessoria, Márcio admitiu que se reuniu com Lauro. O parlamentar não confirmou, tampouco negou, ter tratado sobre eleições com o verde. A relação entre os dois estaria estremecida. “O conteúdo abordado (na reunião) foi o planejamento de emendas que serão destinadas para os projetos de saúde e infraestrutura.”, alegou. 




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