Política Titulo Diadema
Filho de Gilson Menezes busca entrar na vida pública

Sem nunca ter disputado, Gilsinho mira conselho tutelar, mas não descarta sair candidato à Câmara

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
05/08/2019 | 07:00
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Dois anos depois de o pai, o ex-prefeito de Diadema Gilson Menezes (PDT), se aposentar da política e se mudar da cidade, Gilson Menezes Júnior, o Gilsinho (PSB), decidiu entrar para a vida pública. O socialista anunciou que será candidato a conselheiro tutelar, cargo que rotineiramente é usado como trampolim por figuras do município para, posteriormente, concorrer a vereador. Na história recente de Diadema, a atuação nesse cargo garantiu três mandatos de vereador a Wagner Feitoza, o Vaguinho do Conselho (PRB), que, no pleito de 2016, foi ao segundo turno da disputa pela Prefeitura – derrotado pelo prefeito Lauro Michels (PV).

A eleição do conselho ocorre em 6 de outubro. Gilsinho nega que tenha essa pretensão, mas não descarta disputar cargo no legislativo futuramente. “A minha intenção, sendo eleito conselheiro tutelar, é de exercer todo o mandato (de quatro anos). Futuramente, a gente não pode dizer nem ‘sim’ nem ‘não’. Pode ser que eu me apaixone pela função e queira continuar ali”, disse Gilsinho, que é professor de educação física. “Sempre trabalhei no setor do esporte, voltada para a criança e o adolescente. Também fiz trabalhos sociais e desde criança, quando minha mãe era responsável pela área social, sempre acompanhei seu trabalho.” Gilsinho é filho da ex-vereadora Eliete Menezes (PT), ex-mulher de Gilson.

Hoje com 38 anos, Gilsinho assegura que se decidir sair a vereador, será somente na eleição de 2024, quando encerraria seu possível mandato de conselheiro. Caso isso ocorra, iniciaria na política uma década mais tarde que o pai, que foi eleito prefeito – o primeiro da história do PT – com 33 anos (atualmente Gilson tem 70). “Não tenho dentro de mim essa ambição (de ser político), porque sei como é a política. Minha mãe já foi vereadora, meu pai já foi prefeito e deputado. Sei que muita gente tem essa ilusão que é uma coisa de outro mundo. Já tenho pé no chão e sei muito bem das dificuldades e da realidade”, pondera Gilsinho, ao citar que já sentiu na própria pele consequências de ter um pai prefeito. Em 2001, logo depois de Gilson encerrar seu segundo mandato (1997-2000), Gilsinho foi sequestrado e ficou três dias no cativeiro.

Diadema registra histórico positivo a filhos de políticos que buscaram conquistar mandato de vereador pela primeira vez. Há três anos, foram eleitos Márcio Júnior e Rodrigo Capel (ambos do PV), filhos de Márcio da Farmácia (Podemos), hoje deputado estadual, e do ex-vereador Milton Capel (PV), respectivamente – esse último teve nove mandatos.




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