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USCS quer mais alunos estrangeiros no Brasil

Universidade sedia organização que visa fomentar a cooperação estudantil nas Américas

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
22/10/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Atrair estudantes estrangeiros para as universidades públicas e privadas brasileiras e fomentar a cooperação universitária nas Américas. É esse o objetivo do Creces (Centro Regional para a Cooperação em Educação Superior para América Latina e Caribe), instalado em agosto na USCS (Universidade Municipal de São Caetano). A iniciativa é da Unesco – Iesalc (Instituto para a Educação Superior na América Latina e Caribe).

Em 2016, haviam 15 mil estudantes estrangeiros no Brasil. No mesmo ano, a Argentina recebeu 53 mil universitários, o Chile 26 mil e a Colômbia 15 mil alunos. O coordenador geral do Creces no Brasil e professor da USCS, Daniel Vaz, destaca que, apesar de sermos o quarto país na América Latina em número de estudantes estrangeiros, ainda é pequena a quantidade de alunos de outras nacionalidades que escolhem as universidades brasileiras para sua formação. 

Entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), os Estados Unidos está no topo do ranking e recebe, anualmente, 470 mil alunos de outras nacionalidades, seguido por Reino Unido (270 mil/ano) e Austrália (157 mil). O Brasil não integra a organização.

O especialista abordou o assunto em nota técnica que faz parte da quarta Carta de Conjuntura da USCS e elencou as medidas que podem ser adotadas para que haja crescimento no número de estudantes estrangeiros no Brasil, bem como as vantagens para a economia e o desenvolvimento local. Na sua avaliação, o País e o Grande ABC têm condições de atrair jovens talentosos e ser referência no continente para a cooperação universitária. Facilitação de visto, programas que auxiliem a entrada no mercado de trabalho e isenção de mensalidades estão entre as medidas citadas pelo coordenador como iniciativas que podem ser adotadas pelas instituições.“Estudante é igual em todo lugar do mundo, sem dinheiro e necessitando de apoio para se desenvolver. Precisa de recursos para esse apoio, mas também de uma gestão corajosa, como a que tem sido feita na USCS”, declarou. 

O aluno de Rádio e TV Marco Antonio Covarruba, 22 anos, natural de Colima, no México, está na USCS desde julho para fazer, no Brasil, um semestre de estudos. Ainda com um pouco de dificuldade com o idioma, o jovem tem aprovado a experiência de intercâmbio e cogita retornar ao País para atuar profissionalmente, depois que se formar na Universidad de Colima. “Acho que no Brasil temos muitas oportunidades para fazer comunicação”, pontuou.

Em 2016, a USCS recebeu cerca de 300 alunos de outros países. Em 2017, o número foi de 80, e em 2018, até o momento, mais 80 estudantes já passaram pela instituição. Os números da USCS não compõe os dados citados na nota técnica por se tratarem de passagens mais curtas, para estágios de semanas ou eventos específicos. 

OUTRAS INSTITUIÇÕES

Na UFABC (Universidade Federal do ABC), 77 alunos estrangeiros cursam a pós-graduação neste ano. Na Metodista, pelo menos 1.000 alunos de outros países já participaram de programas de intercâmbio.




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