Setecidades Titulo Mobilidade Urbana
CPTM descumpre pela 2ª vez entrega de obras de acessibilidade na região

Acordo estipulava término das intervenções em três estações até fim do 1º semestre, o que não ocorreu

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
08/08/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


 A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) descumpriu pela segunda vez o prazo de conclusão das obras para tornar estações de trem do Grande ABC acessíveis a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Acordo firmado junto ao MPE (Ministério Público Estadual), por meio de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), previa que as adequações das paradas Guapituba (Mauá), Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, todas situadas na Linha 10 – Turquesa, fossem entregues ainda no primeiro semestre deste ano. Porém, com dificuldades no andamento das obras, a companhia optou por prorrogar o prazo em mais seis meses.

Outras seis estações ferroviárias instaladas na região também deverão receber obras de acessibilidade ao longo dos próximos dois anos (veja cronograma ao lado).

Alvo antigo de queixa de passageiros, a dificuldade de acesso às estações da CPTM tem sido peça de investigação da Promotoria desde o início dos anos 2000.

Em 2012, a companhia e o MP chegaram a assinar um TAC para tornar todas as estações da Região Metropolitana de São Paulo acessíveis. No acordo, a estatal se comprometeu a concluir intervenções em todas as paradas até dezembro de 2014, o que não ocorreu. À época, apenas 38 estações tinham acessibilidade plena. Com isso, o prazo foi prorrogado novamente, desta vez, para 2020.

Embora afirme que este prazo não será alterado, a CPTM realizou nas últimas semanas diversas mudanças no cronograma enviado ao MP. Ou seja,  postergou duas vezes o prazo de entrega das paradas desde o início das discussões.

De acordo com a CPTM, a readequação da data de entrega das obras de algumas estações ocorreu devido ao atraso da empresa responsável pela obra e a entraves na licitação da contratação dos projetos de adequação. “Por isso, a construtora está sendo multada”, alega, em nota. Atualmente, das 94 estações da companhia, apenas 61 são acessíveis.

A estimativa de custo das obras é de aproximadamente R$ 3 milhões para as estações Guapituba, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. As intervenções das demais paradas ainda não possuem um  valor definido.

Na tentativa de não ser punida pelos constantes atrasos, a CPTM implantou sistema de transporte acessível alternativo aos usuários com deficiência ou mobilidade reduzida, que funcionará até a conclusão de cada uma das obras.

Na região, o serviço está disponível nas estações Guapituba, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Em cada parada, uma van fica estacionada no portão de entrada da estação e, para utilizar o serviço, os usuários preferenciais devem procurar um empregado. As viagens levam o passageiro até a Estação Tamanduateí e vice-versa.

O serviço está disponível de segunda a sexta-feira, domingos e feriados, das 4h às 23h, e aos sábados, das 4h à meia-noite. “O número de viagens dependerá da procura dos passageiros com mobilidade reduzida ou com deficiência”, explica a companhia.

 




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