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Faturamento das micro e pequenas tem alta de 1,4%
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28/09/2005 | 00:00
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O faturamento das micro e pequenas indústrias paulistas apresentou crescimento de 1,4% em agosto ante julho, quando houve queda de 0,2% em relação a junho, conforme informou quarta-feira o Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo). Apesar da discreta elevação - motivada, segundo o sindicato, pela colocação dos estoques no mercado -, a Pesquisa Mensal de Conjuntura do segmento apontou queda, pelo segundo mês consecutivo, na atividade produtiva, com redução, de 67,8% para 66,7%, do uso da capacidade instalada das empresas.

Outros dados que reforçaram a análise de menor desempenho do segmento foram os pedidos em carteira, que diminuíram 1,2% entre julho e agosto, e o nível de emprego. Na amostra de 125 empresas pesquisadas, com 24,1 trabalhadores cada uma, na média, foi detectada uma redução de 0,3% na força de trabalho ocupada.

De acordo com o Simpi, com a projeção que utiliza o conjunto dos postos de trabalhadores da categoria, esta redução de 0,3% significou a dispensa de 2.900 trabalhadores, reduzindo o contingente total na categoria para 961.800 pessoas em agosto. Para o mês seguinte, o sindicato destacou que as tendências indicam redução de 0,1% do nível de emprego.

Para 26% dos empresários ouvidos pelo Simpi, os impostos são o principal entrave para melhorar o desempenho. Outros obstáculos mencionados foram o comportamento das vendas (19%), o custo de matéria-prima (19%) e o cenário político (16%), além dos juros e financiamentos (13%).

A Pesquisa Mensal de Conjuntura mostrou ainda que o índice de empresas que tiveram alguma dificuldade para receber seus créditos subiu, de 72% em julho para atuais 76%, sendo que o porcentual sobre o faturamento subiu no mesmo período de 8% para atuais 8,8%.

Dentre as empresas com alguma dificuldade para receber seus créditos, 60% tiveram seus próprios compromissos afetados em agosto, ante 56% em julho. Os problemas para pagamento de impostos foram mencionados por 33% dos industriais, seguidos pelas dificuldades relacionadas a compromissos com fornecedores (21%) e salários dos funcionários (13%).




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