Amara Moira é a convidada de domingo do projeto ‘Heroínas Reais’ no Ipiranga
“A vida inteira me disseram que era homem.” Assim, Amara Moira, 32 anos, costuma começar as palestras ou debates que participa pelo País afora. E ela continua: “Me defino como travesti, feminista, bissexual e escritora”. Referência nas discussões sobre gênero, é a convidada da vez do projeto Heroínas Reais, idealizado pelo Sesc Ipiranga, em São Paulo.
No domingo, a partir das 15h, ela estará no local para falar sobre o tema e também sobre o seu livro E Se Eu Fosse Puta (Hoo Editora, 151 págs., R$ 34, em média), lançado em 2016, no qual conta suas experiências na prostituição, relatando sua transição, vivências e o relacionamento com seu corpo, gênero e clientes. Ela participou também do Vidas Trans: A Coragem de Existir (2017), junto a João W. Nery, Márcia Rocha e T. Brant.
Amara, que acredita que a literatura ajuda no processo de transformação social, é graduada em Letras. Antes da transição, deu aulas em colégio particular em Campinas, cidade onde nasceu. Foi lá onde conquistou grande feito: é considerada a primeira personalidade transexual a defender doutorado na Unicamp utilizando nome social. Foi convidada para participar do Heroínas Reais, segundo os organizadores, porque a ideia é discutir o protagonismo das mulheres reais, com todos os defeitos e desafios que enfrentam.
Heroínas Reais – Bate-papo. No Sesc Ipiranga – Rua Bom Pastor, 822, em São Paulo. Domingo, às 15h. Grátis.
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