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S.Bernardo visa volta imediata à Série A-1

Rebaixado em 2017, Tigre aposta em manutenção da base e pensa passo a passo no acesso

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
15/01/2018 | 07:51
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Celso Luiz/DGABC


 A temporada 2017 teve altos e baixos para o São Bernardo. O Paulistão, que iniciou com grande expectativa sob comando do português Sérgio Vieira, terminou com o descenso à Série A-2 em meio à troca na presidência – saiu Thiago Ferreira e retornou o fundador Edinho Montemor. Veio o debute na Série D do Brasileiro, com a eliminação na terceira fase, nos pênaltis, no 1º de Maio. Apesar disso, o técnico Wilson Júnior e boa parte do elenco foram mantidos e é nisso que o Tigre aposta para brigar pelo bicampeonato.

“O São Bernardo entra para disputar o acesso, jogo a jogo, primeiro contra o Nacional, depois Votuporanguense, e ver como a tabela vai se desenhando para a gente ir conseguindo nosso objetivo. Não adianta pensar no acesso antes de garantir primeiro a manutenção, com os pontos que precisa, e depois a classificação no G-4. Então, estamos trabalhando com metas curtas. Não adianta projetar muitas coisas, porque não consegue viver a realidade”, ponderou o cauteloso Wilson Júnior.

Do time titular que disputou a Série D, seguem os laterais Edvan e Assis, os zagueiros Douglas e Dogão, além do meia Guilherme Noé. O também meia Fernando e o atacante Lucas Lino foram contratados em definitivo junto à Portuguesa Santista. Ou seja, o técnico tem uma base para se apoiar. E, segundo Wilson Júnior, outros concorrentes utilizam da mesma fórmula. “Nosso primeiro adversário manteve base da A-3 e da Copa Paulista, XV de Piracicaba, Portuguesa, Guarani e Oeste também mantiveram 60% ou 70% do grupo, então estão um passo à frente. O caminho no futebol é esse, melhor quando consegue manter um elenco, até porque a situação financeira do futebol e do País é muito complicada.”

O goleiro Daniel retornou do empréstimo e deve ser o líder em campo. Ganhou a concorrência de Rafael Pascoal, contratado. Também chegaram atletas sem tanto nome, mas com respaldo do departamento de análise de desempenho do Tigre, casos de Ewerton Ageu, Vinicius, Léo Fioravanti, Vinicius Leandro, Rodrigo Celeste, Nicolas, João Gabriel e Judson, este que volta ao São Bernardo.

E o grupo ainda vai ganhar corpo com a juventude dos atletas que disputaram a Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Wilson Júnior mescla estilos antigo e moderno no comando

Passado e presente se misturam em campo no São Bernardo. Quem faz questão de trazer esta mescla entre o futebol praticado há algumas décadas com o que é trabalhado atualmente no Brasil e na Europa é o técnico Wilson Júnior. Figura da nova geração de treinadores, o profissional de 41 anos parte para a terceira temporada na função, após pendurar as luvas de goleiro, e opta por um perfil que nos treinos e jogos utiliza artifícios de antigos professores consagrados com os de hoje em dia.

“Prezo pelo bom futebol, gosto do estilo ofensivo com equipe compacta. Tento acompanhar a modernidade do futebol mas, ao mesmo tempo, não deixo meus ídolos Telê (Santana), Cilinho e (Rubens) Minelli, treinadores que estudo muito e tinham com eles o aprimoramento dos jogadores, da parte técnica e cobrança, porque acredito que quando o atleta está bem fisicamente consegue fazer qualquer função”, afirma Wilson Júnior. “Gosto desses treinadores antigos. Busco materiais deles ou converso com pessoas (que foram) próximas a eles, porque não podemos perder essa essência. Lógico que trazendo a modernidade do futebol brasileiro e mundial”, completa.

Ser relativamente jovem em divisão que conta com profissionais de muita bagagem dentro e fora do Estado, como Jorginho (Água Santa), Roberto Cavalo (Oeste) e Fahel Júnior (Rio Claro). “Este é só meu terceiro ano de carreira e estou conseguindo dar sequência boa”, exalta o técnico, que está na terceira passagem pelo Tigre neste cargo e já comandou também Matonense, Rio Preto, Monte Azul e Juventus.

Campeão da A-2 pelo próprio São Bernardo em 2012 – à época como jogador – o treinador quer repetir a dose. “Seria marco para mim um acesso. Como profissional e por ser da cidade”, diz o são-bernardense, que vê o trabalho na equipe de sua cidade natal como desafio prazeroso. “Brinco que o pessoal sabe onde moro, a padaria que vou. Coloco isso pelo lado positivo, de dar resultado dentro de casa. Isso desde quando jogava até agora”, conclui.




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