Com o governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), novamente desfrutando de maioria na Câmara, o CAD (Clube Atlético Diadema) pediu oficialmente ao verde, no fim de dezembro, a renovação do convênio de exploração do campo do Taperinha, localizado na Vila Nogueira.

A concessão, dada pela primeira vez em 2010 e renovada em 2012, venceu no mês passado e só não foi novamente aditada no primeiro semestre de 2017 por falta de votos no Legislativo.

Lauro até que tentou renovar o convênio, enviando projeto à Casa em março, meses antes de a concessão expirar. A iniciativa, porém, ocorreu em momento no qual o verde estava rompido com vereadores próximos ao Água Santa, outro time profissional do município, rival do CAD. O movimento foi visto como enfrentamento político de Lauro, já que dirigentes do Água Santa, como o vereador Pretinho (DEM), estavam na linha de frente da oposição ao governo, integrando o chamado G-12 (antigo grupo de opositores do DEM, PPS, PT, PR e PRB). O projeto travou e acabou não sendo votado.

No segundo semestre do ano passado, Lauro cedeu cargos no governo ao DEM e ao PPS – o último partido reassumiu o comando da Secretaria de Transportes –, retomou a aliança com então opositores e restabeleceu a governabilidade. Nas últimas sessões do ano, o Paço chegou a ver projetos serem adiados, mas conseguiu emplacar a aprovação das medidas. “Acho que não teremos dificuldades (de conquistar a renovação do convênio). Antes tinha o problema do G-12, com a bancada do Água Santa. Não sei no que isso (concessão do Taperinha) atrapalha eles. Nosso foco é o futebol, não a política”, comentou o presidente do CAD, Jackson Carvalho. O dirigente disse não cogitar a possibilidade de a concessão não ser renovada. “Queremos nosso direito, levamos o nome da cidade e investimos no Taperinha com dinheiro nosso, sem recursos do município”, disse.