A Prefeitura de Mauá inicia este mês o pagamento de R$ 16 milhões referentes às contas de água atrasadas desde a municipalização do serviço em 1995. A decisão foi tomada depois de o TCE (Tribunal de Contas do Estado) alertar a Sama (Companhia de Saneamento Básico do Município de Mauá) sobre medidas judiciais que precisam ser tomadas para que o superintendente da autarquia Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra, não seja enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal.

O prefeito interino de Mauá, Diniz Lopes (PL), solicitou ao departamento jurídico da Prefeitura parecer sobre o assunto. “Queremos pagar pelo menos R$ 600 mil por mês”, afirma o liberal. Os recursos sairão das secretarias que utilizaram o serviço como as de educação (escolas), saúde (hospitais e postos de saúde), serviços municipais entre outras.

O diretor administrativo e financeiro da Sama, José Francisco Jacinto, afirma que o repasse será importante para que a autarquia incremente os investimentos na cidade. “A Sama arrecada por ano R$ 28 milhões, mas somente R$ 5 milhões são para investimentos. O restante é para custeio”.

Jacinto afirma que a Sama tem vários projetos que precisam ser executados, entre os quais a troca da rede de água instalada há mais de 40 anos. Ainda há planos para a construção de reservatórios, pois falta água nas regiões mais altas. A Sama também inclui nos planos a expansão da rede de água que hoje cobre 98% da cidade e o pagamento de débito de esgoto com a Ecosama (Empresa Concessionária de Saneamento de Mauá), que chegou a R$ 1,4 milhão nos últimos dois anos. A Ecosama aceita parcelamento sem multas, juros e correção monetária.

Empréstimo – Jacinto adianta que a Prefeitura se comprometeu a pagar à autarquia mais R$ 100 mil por mês referentes a empréstimo contraído em 1996 para pagamento de décimo terceiro salário dos servidores municipais. Foram cedidos R$ 2,6 milhões na época que com correção monetária e juros chegam em R$ 7,08 milhões. A administração de Diniz Lopes já honrou nesse ano R$ 1,5 milhão dessa dívida.