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Prova de Amor investe em cenas ‘perigosas’ com equipe de dublês
Rachel Peroba
Da TV Press
15/04/2006 | 13:54
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Em Prova de Amor, mais que em qualquer outra novela, a ordem “ação” gritada pelo diretor, é seguida à risca. Desde o primeiro capítulo as cenas de ação têm sido uma das características de maior destaque na trama da Record, que já exibiu desde seqüências de tiroteios, perseguições em alta velocidade, capotagens, desabamentos de carros em penhascos e até explosões. Obviamente, a produção desses episódios requer uma série de recursos especiais e suporte. A empresa responsável pelo aparato técnico desse trabalho em Prova de Amor é a Só Ação Dublês. Em conjunto com a MM Arte e Técnica, de efeitos especiais, produz todas as seqüências de ação que envolvam riscos.

Para dar realidade às cenas e deixar os atores familiarizados com as lutas e acessórios utilizados nas gravações, três meses antes da novela estrear, elenco, equipe técnica e dublês começaram os ensaios em academias no Rio. Jorge Só, diretor da empresa que coordena esse trabalho, é o responsável pelos ensaios com as armas e a coreografia dos golpes. Sua primeira cena nesse tipo de produção foi como dublê do seriado Armação Ilimitada, exibido pela Globo em 1985. Depois de fazer todas as novelas da emissora ao longo de seus 22 anos de carreira, recentemente Jorge passou a coordenar todas as cenas de ação das novelas na Record. “Nosso único limitador é a segurança. Se houver margem de imprevisto, a gente nem faz a cena. Aqui todo risco é calculado”, garante.

Apesar disso, Jorge admite que é apenas no dia da gravação que a equipe técnica tem condições de avaliar os reais riscos que os atores ou dublês serão submetidos na seqüência. “A prioridade é artística. Primeiro o diretor marca a cena do jeito que ele quiser, e só então a gente ensaia a luta ou a cena do tiroteio”, detalha o dublê, que também deu treinamento de posicionamento para os câmaras da novela. “De nada iria adiantar a gente ensaiar uma luta linda se eles não soubessem a melhor maneira de gravar”, completa.

A seqüência na qual a gangue de Lopo persegue o carro de Daniel Avelar e, acidentalmente, um de seus comparsas morre atropelado, por exemplo, levou cerca de cinco horas para ser gravada. No ar, foi pouco mais de um minuto.

Para o diretor de cena da trama, Edgard Miranda, uma de suas principais preocupações é com a finalização da cena. “Para ficar com a veracidade que a gente vê em filmes, por exemplo, a finalização teve de ser muito bem detalhada”, explica o diretor, que faz questão de dar destaque à cena de capotagem que dirigiu para a novela e foi gravada no Túnel Rebouças, que liga a Zona Norte à Zona Sul do Rio de Janeiro. “Eu trabalhei 15 anos na Globo e nunca vi ninguém fechar o túnel para gravar uma cena de capotagem”.

Nas seqüências de tiroteio são utilizadas armas de verdade. Elas, no entanto, são modificadas pela empresa de efeitos especiais para se adaptar às balas de festim, que fazem tanto barulho quanto as armas de verdade. Para utilizar esses equipamentos a empresa possui uma autorização exclusiva do Exército e da Polícia que, obrigatoriamente, acompanha todo o trabalho. Marcelo Serrado, protagonista da trama, passou boa parte da novela em seqüências de ação. Para ele, não há problemas na hora de gravar, e admite sua preferência por dispensar os dublês. “Eu não tomo cuidado nenhum. Eu sigo as coordenadas e sempre dá certo. Ainda bem. Me divirto sempre”, revela.




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