Esportes Titulo Confidencial
Com a faca e o queijo na mão
Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
16/04/2016 | 07:00
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Havia dito semana passada que a grande chance do Santo André nas quartas de final da Série A-2 era não ser derrotado no primeiro jogo contra o São Caetano. O time surpreendeu, mostrou postura vencedora e foi bem melhor do que o rival durante os 90 minutos, tanto que fez 2 a 1 no Bruno Daniel. A entrada de Apodi na lateral direita criou alternativa ofensiva no setor e Paulo, na esquerda, teve atuação decisiva. O trabalho foi facilitado pela ausência de Jô e, depois, pela expulsão de Naôh. Sem homem de referência à frente, o Azulão rodou a bola desnorteado.

Apesar de pequena, a vantagem do Santo André ganha outra proporção quando analisamos o time nas mãos do técnico Toninho Cecílio. Desde que chegou, em março, ele deu ênfase ao sistema defensivo, optou quase sempre por três volantes e conseguiu equilibrar o setor, tanto que em oito partidas sofreu apenas seis gols – com média de 0,75 por jogo –, sendo que a defesa passou invicta em quatro destas partidas.

O desafio do treinador será manter a consistência defensiva sem os jogadores adequados. Ele perdeu por suspensão o zagueiro Diogo Borges e os volantes Tiago Ulisses e Dudu, três dos principais marcadores do elenco e fundamentais no sistema.

Para não dar pistas, o técnico impediu o acesso da imprensa nos três treinos que antecederam o clássico. Certamente testou as alternativas que têm nas mãos. Pelo que conheço do técnico, é grande a possibilidade de ele usar três zagueiros, assim como fez no decorrer de alguns jogos, como contra a Portuguesa, Barretos e Velo Clube. O receio é que um destes jogadores seria Jonas – que formaria o trio com Marcos Vinícius e Samuel Teram –, que iniciou a campanha como capitão e titular, mas depois perdeu espaço por conta de falhas individuais.

De qualquer forma, projeto o Santo André esperando o São Caetano e utilizando os passes precisos de Branquinho e a velocidade de Guilherme Garré para buscar os contra-ataques. O tempo vai jogar a favor do time andreense, que está muito mais habituado a destruir jogadas do que criar, que seria justamente o grande problema se tivesse perdido a primeira partida.

INGRESSOS

Me espantou a passividade do Santo André ao aceitar com naturalidade a carga de 437 bilhetes para os visitantes no jogo de hoje. A justificativa do Azulão é que essa foi a quantidade disponibilizada no primeiro duelo, porém, foi mais do que suficiente para os 293 são-caetanenses que foram ao Bruno Daniel.

A procura dos fãs do Ramalhão pelos ingressos foi intensa durante toda a semana e, obviamente, a quantidade disponível não será suficiente. Será que o torcedor que acompanhou toda a campanha vai ficar de fora do jogo mais importante do campeonato? Óbvio que não, eles tentarão entrar no estádio de qualquer forma. Temo pela segurança no clássico.




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