São Caetano e Santo André fazem às 16h de hoje, no Estádio Anacleto Campanella, o clássico mais importante da história. O duelo pela volta das quartas de final da Série A-2 – o Ramalhão venceu a ida por 2 a 1 –, além de garantir vaga na semifinal contra Barretos ou Taubaté e deixar o vencedor mais próximo ao acesso à elite, pode ser a última vez em que o perdedor entra em campo na temporada. Isso porque o Bruno Daniel será cedido em maio ao COB (Comitê Olímpico do Brasil) e a praça esportiva são-caetanense também deve ter o mesmo caminho, o que deixaria bastante difícil a participação das equipes na Copa Paulista no segundo semestre.

Por conta de tudo o que há em jogo, o técnico Luís Carlos Martins, do Azulão, avalia que ter a cabeça boa pode ser um fator importante do dérbi. “Agora entra um pouco do lado psicológico. O comandante é importante nessas horas, tem de saber transmitir para o grupo aquilo que ele quer”, disse o treinador, que tem dúvidas na lateral direita – Gercimar ou Grafite – e no ataque – Jô, Júlio César ou Diego Sales.

Pelo lado andreense, Toninho Cecílio preferiu despistar sobre a postura da equipe. “Não posso falar. Covarde não somos, mas não somos burros também. Um time que quer chegar, precisa saber lidar com esse tipo de jogo. O Santo André não tem mais nada depois”, disse o técnico, que não terá o zagueiro Diogo Borges e os volantes Tiago Ulisses e Dudu, suspensos.

SEGURANÇA
A Polícia Militar trata o clássico como de “alto risco”. O comandante do 6º Batalhão, João Francisco Terron, avisou que o monitoramento será maior após briga na primeira partida, no Bruno Daniel, quando um torcedor do São Caetano ficou ferido. “Teremos efetivo maior, cavalaria, policias com moto e estamos atentos aos detalhes”, garantiu Terron, que disse não poder revelar quantos policiais estarão envolvidos por questões estratégicas.

São Caetano promete doação e poucos erros no clássico em casa

Como se fosse o último jogo da vida. É com esse espírito que o São Caetano vai entrar em campo para o confronto contra o Santo André, às 16h de hoje, no Anacleto Campanella.

“É nossa segunda final. Não podemos nos poupar, é hora de dar o máximo para decidir o jogo em casa. É partida especial, que decide o nosso destino e o do clube. Queremos colocar o nosso nome na história e deixar o São Caetano na Primeira Divisão”, afirmou o zagueiro Sandoval, um dos destaques do clube azulino na competição.
E o meia Neto tem a receita para superar o Ramalhão: o Azulão não pode dar espaço nem se desesperar com o seguimento da partida.

“A margem de erro tem de ser a mínima possível. Não podemos dar espaços para eles (Santo André). O (técnico Luís Carlos) Martins tem falado para mantermos o equilíbrio e a posse de bola, para tocar sem se desesperar que os gols vão sair e a gente vai buscar essa classificação em casa”, destacou.

INGRESSOS
Ontem, os 5.000 ingressos destinados à ação Futebol Sustentável, na qual o torcedor do São Caetano troca uma entrada por duas garrafas PET, se esgotaram. A FPF (Federação Paulista de Futebol) liberou mais 2.000 bilhetes destinados para o setor descoberto. As trocas ocorrem até a hora do confronto no Anacleto Campanella. Ainda há entradas para o setor coberto, que custam R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira).

Andreenses garantem grupo fechado e com foco na classificação

O elenco do Santo André passou por sérios problemas na Série A-2. Os atletas tiveram de suportar até dois meses de salários atrasados e o fraco desempenho em campo culminou com a demissão do técnico Luciano Dias, substituído por Toninho Cecílio. Tudo isso, porém, parece ter fortalecido o plantel, que dialogou muito antes do clássico de hoje, no Anacleto.

“O grupo está fechado. Antes da classificação conversamos muito, agora estamos mais fechados ainda. A torcida do Santo André pode ter certeza que vai ver um time muito determinado e com vontade de sair com a vitória”, comentou o lateral-direito Apodi.

A opinião é compartilhada pelo zagueiro Marcos Vinícius. “Desde o começo passamos por dificuldades, mas é um grupo que tem muita sede de vitória. Viemos para o Santo André com objetivo e não queremos ir embora sem o acesso. Temos o torcedor do nosso lado, o que é muito importante para nós. Esperamos que eles estejam no estádio sábado (hoje) e podem esperar um time aguerrido, com raça e vontade de chegar ao acesso”, garantiu o zagueiro.

CARAVANA
Haverá ônibus à disposição dos torcedores do Santo André para o confronto de hoje. Os coletivos serão gratuitos, preenchidos por ordem de chegada e sairão às 13h do Bruno Daniel, escoltados pela Polícia Militar. Torcedores com carros particulares devem acompanhar a caravana.