Dos principais estádios da região, o Anacleto Campanella, em São Caetano, é o único que não passa por reforma. Isso não significa que não há necessidade. Pelo contrário. Infiltrações são vistas por todas as partes e nada do que havia sido prometido foi construído no lugar de uma das arquibancadas e do prédio da imprensa, demolidos em 2012 e 2014, respectivamente.

A obra, anunciada pelo ex-ministro do Esporte Aldo Rebelo (PCdoB), em 2013, tinha como principal motivação a possibilidade de o Anacleto servir como centro de treinamento para as seleções que iriam disputar a Copa do Mundo de 2014. O governo federal prometeu investir R$ 6 milhões, porém, até agora, só liberou R$ 790 mil, maior parte usada nas demolições.

No local do antigo prédio da imprensa seria erguida edificação com três andares e 3.500 m². No térreo ficariam dois vestiários, duas rouparias, duas salas para massagem, duas para técnicos e uma antidoping; no primeiro pavimento seriam instaladas duas áreas para aquecimento, duas de fisioterapia, duas de hidroterapia, para arbitragem e duas saunas; no segundo pavimento haveria auditório para 120 pessoas, saguão e sala de imprensa. Tudo não passou de um sonho.

A realidade é que o estádio continua da mesma forma desde 2014, com capacidade reduzida para 12,5 mil torcedores e com instalações antigas, apesar de estar com os laudos técnicos em dia para receber os jogos da Série A-2 do Paulista.

Desta forma, caso os estádios vizinhos Bruno Daniel, em Santo André, 1º de Maio, em São Bernardo, e Inamar, em Diadema, consigam concluir as obras que estão em andamento, o Anacleto será o único da região que não terá instalações no chamado padrão Fifa.