Economia Titulo Reajuste
Mínimo paulista sobe para até R$ 620

Centrais sindicais aprovam reajustes; ainda há impasse na esfera federal

Por Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
10/02/2011 | 07:04
Compartilhar notícia


A secretaria de Emprego e Relações do Trabalho do governo estadual divulgou ontem o novo piso do salário-mínimo paulista. Os valores são de R$ 600, R$ 610 e R$ 620. As atuais faixas são de R$ 560, R$ 570 e R$ 580, conforme ocupação do trabalhador, de iniciativa privada. A medida beneficiará 1,4 milhão de empregados. O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, afirmou que ficou satisfeito que o governador do Estado, Geraldo Alckmin, acatou pedido das centrais sindicais.

"O governador demonstrou sensibilidade e que esse caminho junto às centrais é o melhor e mais produtivo, nos temas pertinentes ao capital de trabalho", frisou o sindicalista.

Ao contrário do consenso em torno do salário no Estado, valores do vencimento nacional geram impasse. Patah disse que irá aguardar retorno do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que está na África, no Fórum Social Mundial, para novas conversações. As centrais pedem R$ 580 no mínimo, correção da tabela do IR (Imposto de Renda) em 6,47% e aumento para aposentados.

Sem colher frutos das negociações com o governo sobre os pedidos, sindicatos têm feito manifestações no País. Ontem, protestos na Capital reuniram 15 mil trabalhadores, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino, o Martinha, disse que apoia os protestos. "Veremos se conseguimos fazer um agito nesta semana. Iremos definir se haverá alguma mobilização conjunta."

O diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, regional de Diadema, Raimundo Suzart, conta que o órgão "levanta a bandeira" da CUT (Central Única dos Trabalhadores) quanto às paralisações. Ele afirma que a entidade não abre mão dos valores do mínimo. "Queremos R$ 580 e se não conseguirmos, iremos pressionar os deputados. Eles vão defender esse pedido", prevê o diretor.

No último encontro com as centrais, o governo afirmou que estaria disposto a renovar política adotada pela última gestão, corrigindo a tabela do IR em 4,5% ao ano. A União prevê elevar o menor salário do País para até R$ 545. A alegação é de que valores maiores prejudicariam as contas federais.

O presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Antônio Neto, está confiante sobre um acordo. "Podemos baixar o valor, mas tem de haver ganho real de salário neste ano."




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;