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Uma em cada 10 crianças quilombolas está desnutrida
Das Agências
15/05/2007 | 17:40
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Seppir (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e o Unicef divulgaram nesta terça-feira os resultados da primeira Chamada Nutricional de Crianças Quilombolas Menores de 5 Anos de Idade. De acordo com a avaliação, 11,6% dos meninos e meninas que vivem em comunidades remanescentes de quilombos apresentam déficit de altura para a idade, principal índice de aferição da desnutrição.

A escolaridade materna influencia diretamente o índice de desnutrição. Segundo a pesquisa, 8,8% dos filhos de mães com mais de quatro anos de estudo estão desnutridos. Esse mesmo indicador sobe 13,7% entre as crianças de mães com escolaridade menor que quatro anos.

A condição econômica também é determinante. Entre as crianças que vivem em famílias da classe E (57,5% das avaliadas), a desnutrição chega a 15,6%; e cai para 5,6% no grupo que vive na classe D, na qual estão 33,4% do total das pesquisadas.  

"É muito importante que o Brasil aprofunde o conhecimento sobre as especificidades das condições de vida de suas crianças quilombolas, para que possa planejar e implementar ações que garantam os seus direitos de uma forma efetiva", afirma Helena Oliveira, oficial de projetos do Unicef.

A Chamada Nutricional mediu e pesou cerca de três mil meninos e meninas com até 5 anos de idade, que vivem em 60 comunidades quilombolas em 22 Estados brasileiros. No Brasil, estima-se a existência de 2 milhões de quilombolas.



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