A estatística mostra que Belém viaja na contramao da história quando o assunto é trânsito. Enquanto a capital paraense vive o drama do aumento constante de acidentes com vítimas fatais, em outras capitais, como Curitiba (PR), por exemplo, verificou-se queda de cerca de 35% este ano, se comparado com o primeiro semestre do ano passado.
Os números colocam em xeque o novo Código Nacional de Trânsito e mostram que ele, isoladamente, nao constitui soluçao para os problemas do trânsito nas grandes cidades. O Detran/PA atribui o alto número de acidentes em Belém à enorme frota de ônibus que circula pela cidade.
No ano passado, foram registrados 1.200 acidentes envolvendo ônibus na capital paraense. Trata-se de 86% da frota circulante na cidade, que era de 1.868 veículos. Enquanto a média nacional é de um ônibus para cada mil habitantes, Belém, que tem cerca de 1,2 milhao de habitantes, possui 1.800 ônibus, 600 a mais do que o necessário.
Atropelamento - Em Belém, 85% das mortes no trânsito sao por atropelamento, índice 35% maior do que a média nacional. O Sistema Sensor do Pacto pela Vida constatou que a falta de atençao é a maior responsável pelas mortes no trânsito, com 38% dos casos, seguido das manobras irregulares, com 18% das participaçoes nos acidentes e, por último, o excesso de velocidade, com 4% dos casos.
``As araras e bem-te-vis (fiscalizaçoes eletrônicas) da prefeitura estao atingindo o alvo errado. Em Belém, é preciso atuar no campo da educaçao, e nao ficar se limitando apenas a reprimir quem dirige em alta velocidade', analisou o estatístico do Sistema Sensor, Jadson Chaves.
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