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Menor é detido por furtar portas de alumínio no cemitério Curuçá
Bruno Ribeiro
Especial para o Diário
27/08/2005 | 07:29
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Uma pessoa foi presa em flagrante na manhã de sexta-feira ao furtar portas de alumínio de túmulos no cemitério da Vila Curuçá, em Santo André. O rapaz não portava documentos e declarou-se menor à polícia. O furto de portas de alumínio é um problema freqüente no cemitério, de acordo com os funcionários.

Por volta das 7h, um grupo de funcionários do cemitério teria visto E.G., o suposto saqueador, arrombando os túmulos e retirando as portas de alumínio. Com isso, chamaram a chefia por telefone. O encarregado da construção dos jazigos, Marcelo Barbieri, chamou a polícia.

Os policiais chegaram cinco minutos após o chamado dos funcionários, e conseguiram deter o rapaz antes que ele deixasse o cemitério. O menor estava desarmado e não ofereceu qualquer resistência ao ser detido. Ao ser abordado, o jovem indicou o local em que havia escondido as portas. Ele foi encaminhado para o 5º DP de Santo André, onde a ocorrência foi registrada.

Por ter sido preso sem documentos, a polícia não pôde confirmar se o rapaz tinha passagem por ter cometido crimes anteriores. Ele disse que morava na cidade de Camaçari, na Bahia, e que veio para Santo André há seis meses, onde vive nas ruas. "Eu recolho papelão e sucata na rua para sobreviver. Mas não costumo roubar as portas de túmulos", diz o garoto, que confessou à polícia que estava recolhendo portas de alumínio no cemitério. "Já tínhamos visto esse rapaz outras vezes aqui. Mas ele sempre conseguia escapar", afirma o encarregado Barbieri. A polícia informou ainda que seria preciso confirmar a idade do jovem para saber que tipo de providências seriam tomadas. Caso seja menor de idade, deverá ser encaminhado à Vara da Infância e da Juventude.

Os jazigos perpétuos das quadras mais antigas do cemitério do Curuçá há tempos são alvos de furto. Em geral, são retiradas peças de alumínio e de bronze. Dos 450 jazigos do local, cerca de 200 tiveram as portas roubadas. "Os jazigos construídos depois de 2002 tiveram a padronização alterada para evitar esse tipo de ação", diz o encarregado do cemitério da Vila Curuçá, Marco Antônio Gomes. Um contador com familiares enterrados próximo ao local do furto ocorrido sexta-feira disse que esse tipo de ação é comum. "Já levaram duas vezes a porta de alumínio do túmulo da minha família. Tive que colocar uma porta de ferro galvanizado, que não tem valor e não é de interesse dos ladrões."



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