Cultura & Lazer Titulo
Folia na TV deixa algumas baixas
Por Danielle Araújo
Da TV Press
11/02/2005 | 12:21
Compartilhar notícia


A TV aberta ficou recheada de festas carnavalescas. A cada ano que passa, a cobertura desses eventos fica mais abrangente. O filé da festa televisiva, o desfile das escolas de samba do Rio, como em todos os últimos anos, fica com a Globo. Daí Band e Rede TV! correrem por fora, seja na festa de rua de Salvador, seja em flashes de bailes e de bastidores de camarotes da Sapucaí. Record e o SBT só exibiram a folia dentro dos telejornais.

No desfile carioca, Cléber Machado e Maria Beltrão mostraram um bom entrosamento. O locutor esportivo da Globo não perdeu o fôlego e durante a madrugada explanou com qualidade todas as informações do desfile. Nos pouco momentos em que arriscava algumas tiradas mais espirituosas, Cléber se saiu muito bem – como na gozação que fez com o repórter Ary Peixoto, ao dizer que “caçador de musa na Sapucaí é uma profissão maravilhosa!”. Já Maria Beltrão não teve o mesmo ritmo. No meio da cobertura, a apresentadora já transparecia cansaço.

Na cabine do Band Folia, Astrid Fontenelle tentou aparecer mais do que os trios elétricos. Em todos os dias, a apresentadora utilizou um figurino exagerado. E para completar, soou forçado o sotaque baiano em que insistia usar. Além disso, ela não sabia fazer outra coisa do que bajular os cantores. Só que teve momentos em que perdeu completamente o limite. Sem a menor intimidade, ela tentou subir as calças de um dos integrantes do Terra Samba. Apesar dos pesares, Astrid entrou no clima da folia e manteve o mesmo pique a noite inteira. Além de demonstrar afinidade com as músicas baianas.

Quem também estava bem à vontade no comando da folia baiana era Otaviano Costa. Sempre em tom leve e alto-astral, o apresentador dava informações sobre o Carnaval. Já Thierry Figueira não mostrou gingado necessário para apresentar ao vivo. Totalmente deslocado, ele tentava disfarçar pulando o tempo inteiro. Isto porque queria provar que estava no clima. Mas nada se compara ao despreparo de Carla Perez. A dançarina só sabia rebolar diante das câmaras. Fora que quando resolvia comentar alguma coisa tropeçava na concordância verbal. Mas eles não foram os únicos a caírem de pára-quedas na folia. Na Globo, André Marques não convenceu na função de repórter. Mesmo com seu carisma, o apresentador ficou várias vezes perdido no meio das entrevistas. A impressão é que não sabia o que perguntar.

Correndo por fora das transmissões ao vivo, a RedeTV! mostrou flashes das principais festas do país. Para mobilizar a atenção do público, a emissora deu evidência ao corpo das mulheres e aos comentários sempre picantes. Os repórteres quando paravam para entrevistar alguém só queriam saber da vida íntima. Mas a emissora também teve bons momentos. Principalmente, na cobertura do baile Gala Gay do Rio. Rodrigo Scarpa e Ceará, da turma do Pânico na TV, mostraram muita irreverência na hora de conversar com os freqüentadores da festa. A dupla ao mesmo tempo em que amolava os entrevistados demonstrava respeito pelas figuras. Monique Evans aproveitou o lado brincalhão dos meninos e entrou no clima. Apesar de seus comentários não surtirem o mesmo efeito da dupla, ela se saiu muito bem. Já a Band errou feio ao escalar Edson Paulo para apresentar Jornal Carnaval, que era supostamente cômico. Parecia até que a emissora queria espantar audiência com o “noticiário”, que entrava no meio da transmissão do Band Folia. O apresentador numa péssima performance contava piadas extremamente sem graça. Chegou a parodiar o nome da cantora Ivete Sangalo com “Pivete Sangalo”. Trocadilho bobo e de mau gosto.                                   



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;