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Grande ABC tem taxa de transmissão semelhante à Capital
Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
28/05/2020 | 23:12
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Nario Barbosa/DGABC


Análise dos números de casos confirmados do Grande ABC mostra que a taxa de transmissão da região não é muito diferente da registrada na Capital. Este é um dos critérios para a flexibilização da quarentena, que vai ocorrer a partir de segunda-feira na cidade de São Paulo, mas não no Grande ABC nem nos demais municípios da Região Metropolitana.

O professor de medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Davi Rumel explicou que, de maneira geral, a taxa de transmissão é encontrada dividindo o número de casos confirmados em um dia pelo o do dia anterior. O cálculo também pode ser feito com os dados semanais, desde que se obtenha a média diária. Até 1, a taxa de transmissão é considerada controlada e pode-se pensar em reabertura de serviços. Isso significa que uma pessoa infectada transmite para outra pessoa.

Os dados do Grande ABC das últimas duas semanas apontam taxa semelhante. De 21 a 27 de maio foram confirmadas 1.732 novas contaminações, média de 247,4 casos ao dia. Na semana anterior, entre 14 e 20 de maio, foram 1.051, média de 150,1 casos por dia. Os números regionais mostram taxa de transmissão de 1,6.
Durante entrevista coletiva realizada ontem, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que a taxa da Capital já estava em 1 e que havia a expectativa de que a partir da próxima semana ela fosse ainda menor.

Integrante da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Renato Grinbaum relatou que se a taxa for menor do que 1, significa que a doença está desacelerando. O especialista afirmou que há um consenso de que, sem vacina e com a infecção ainda se alastrando, podemos conviver com taxa de 1,3 ou 1,5 sem sobrecarregar o sistema. Taxa de 3 fica insustentável. Não existe um número fixo ou ideal, pois depende do número de leitos hospitalares disponíveis e a média de tempo que os infectados ficam internados”, concluiu.

Rumel alerta que, para estabelecer a taxa, o ideal é que não sejam considerados os testes rápidos, que apresentam alto índice de falsos positivos. Os dados das prefeituras somam todos os tipos de testes.  




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