Enfermeiro e autora de pedido de impeachment tentam vaga na Assembleia
Figuras presentes em recentes mobilizações políticas e até movimentos supostamente apartidários que ocorreram em Mauá decidiram sair candidatos a deputado no pleito de outubro.
O município, que enfrenta grave crises financeira e política – teve o prefeito eleito Atila Jacomussi (PSB) preso por suspeita de lavagem de dinheiro, racha com a vice-prefeita Alaíde Damo (MDB) e está em situação de calamidade financeira – registra pelo menos dois nomes que protagonizaram manifestações na cidade na disputa eleitoral deste ano.
Ex-enfermeiro do Hospital Doutor Radamés Nardini e um dos líderes de atos promovidos por ex-funcionários da FUABC (Fundação do ABC) que reivindicavam pagamento de direitos trabalhistas não recebidos, Francisco Jarles da Silva Bezerra decidiu sair candidato a deputado estadual. Filiado ao PV, ele está na coligação do PSB que, a nível municipal, tinha seu principal líder, o prefeito, como alvo dos protestos da classe.
Na propaganda eleitoral do partido, difundido nas redes sociais do verde, Jarles disse ter presenciado o “descaso” com os profissionais da Saúde, mas não cita explicitamente o impasse dos profissionais demitidos em massa ao longo do ano passado pela FUABC.
Outra figura da cidade que busca cadeira na Assembleia e que recentemente esteve à frente de mobilizações é Georgiana Pires, presidente da Rede Sustentabilidade em Mauá. À frente do partido, ela assinou, em junho, um dos pedidos de impeachment contra Atila. Naquela ocasião, o prefeito estava preso e ainda não havia sido afastado do mandato. A aceitação do pedido, no entanto, foi rejeitada com voto da maioria dos vereadores.
Nas redes sociais, Georgiana publica fotos da campanha e compartilha vídeos de terceiros que colocam em xeque a segurança das urnas eletrônicas e que acusam, inclusive, fraudes no processo eleitoral.
No pleito de 2004, Georgiana foi candidata a vereadora, pelo PV, mas os 373 votos que recebeu não foram suficientes para elegê-la.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.