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FHC fez brincadeiras no depoimento de EJ, dizem assessores
Por Do Diário do Grande ABC
05/08/2000 | 14:44
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Quem lucrou com a crise provocada pelo caso Eduardo Jorge foi o professor Luiz Hidelbrando Pereira da Silva. Na quarta-feira à noite, véspera do depoimento do ex-secretário-geral da Presidência da República, Fernando Henrique Cardoso o levou para corrigir e revisar no Palácio da Alvorada textos do capítulo do livro de memórias de Luiz Hidelbrando sobre a Fundaçao Arquivo e Pesquisa de Sao Paulo (Fapesp).

No dia do depoimento, o presidente entregou o capítulo revisado e com anotaçoes nas mao do secretário-geral da Presidência da República, Aloysio Nunes Ferreira, para que fosse encaminhado a Hidelbrando. Aloysio ficou surpreso com o sangue frio de Fernando Henrique, que, aparentemente, nao demonstrava preocupaçao com o que o ex-secretário poderia dizer à Subcomissao do Senado e ainda tinha tempo para se dedicar a um trabalho intelectual que poderia ser feito por assessores.

"Isso significa que o presidente estava tao tranqüilo que levou o trabalho para fazer de noite em casa e nao se preocupou com nada. É a consciência tranqüila e a confiança", comentou Aloysio. O ministro, que chegou a demonstrar algum nervosismo, ficou impressionado.

Fernando Henrique Cardoso também chegou a fazer piadinhas antes, durante e depois do depoimento de Eduardo Jorge. No dia, quando assistia à parte inicial da exposiçao no Palácio da Alvorada ao lado do cientista Bolívar Lamounier e do professor Wilmar Faria, assessor especial da Presidência da República, o presidente imitava os gestos de Eduardo Jorge com as maos contando "um, dois, três e quatro" e revirando-as tal como fazia o ex-assessor.

"Ele está muito bem. Mas, como sempre, nervoso." Fernando Henrique nao resistiu em fazer uma brincadeira com o pescoço e os gestos de Eduardo Jorge. "Ele está é com medo que lhe cortem o pescoço", riu o presidente, já em sua sala no Palácio do Planalto.




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