O ex-prefeito de Ribeirão Pires Saulo Benevides (PMDB) rebateu as críticas feitas pelo atual prefeito da cidade, Adler Kiko Teixeira (PSB). Em entrevista ao Diário, o socialista afirmou que foi difícil, no início do governo, por conta de uma incoerência na gestão, compreender os métodos de administração de Saulo, além de falar que não houve planejamento correto para calcular a arrecadação do município.

“(Incoerência) É abrir mão de R$ 10 milhões, do governo federal. Se não deu continuidade às obras (do teleférico), teve de abrir mão deste valor, que eram específicos para esta construção”, falou Saulo. Para explicar o não entendimento de Kiko em relação ao governo de seu antecessor em Ribeirão, Saulo falou que tentou fazer a transição, mas afirmou que o socialista preferiu não fazê-la.

Outro ponto abordado pelo atual prefeito de Ribeirão Pires foi um planejamento de arrecadação superestimado pela gestão do peemedebista. “A gente fazia um orçamento dentro da realidade, só que, com a crise, a arrecadação despencou. As empresas falindo e pessoas desempregadas não pagam impostos. Empresas saíram de Ribeirão, mesmo com uma política de desenvolvimento”, rebateu, novamente, o ex-prefeito.

Ao falar do teleférico, que não saiu do papel também pela falta de licenças da AES Eletropaulo, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Saulo declarou que a obra era complexa e que havia mais burocracia envolvida.

Principal aposta da gestão de Kiko, o Festival do Chocolate recebeu críticas por parte de Saulo. “Vai dar despesa de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões por ano. Isso, em quatro anos (tempo de governo do socialista), vai dar cerca de R$ 10 milhões. É um dinheiro que vai e não volta (para a cidade). O teleférico ia dar movimentação no ano inteiro, aquecer a economia. Não só dois finais de semana (como é o caso do festival).”