Política Titulo São Caetano
Pio Mielo defende aproximação do PMDB com Auricchio

Mandatário da Câmara diz que momento exige abraço político e citou que partido pode somar

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
11/07/2017 | 07:00
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O presidente do Legislativo de São Caetano, Pio Mielo (PMDB), defende aproximação do PMDB com o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) após período de acirramento político entre os grupos, tensão amplificada na eleição do ano passado. “Creio que o nosso partido deveria dar suporte, sustentação política ao atual governo, não apenas na Câmara, não só institucional, seria apoio na cidade”.

A legenda duelou diretamente com o bloco auricchista nos dois últimos pleitos municipais. Essa disputa fez ressurgir o PMDB local, que voltou a governar o Paço após hegemonia do PTB que durou 30 anos.

A executiva do PMDB é comandada em São Caetano por Gica Pinheiro, filha do ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) – haverá convenção em agosto, com possibilidade de troca na direção. Pio sugeriu que a sigla pode compor com Auricchio, deixando para trás as desavenças eleitorais, embora admita que ainda existam arestas a serem aparadas. “Não tenho direito de falar em nome do partido, mas se chamado for, levantarei bandeira para que PMDB entenda que houve disputa no passado, legítima, pontual de campanha, porém que não pode ser mantida. Não estamos tratando de cidade feudal, que a disputa de coronéis se sobressai à política do município.”

A legenda peemedebista teria, segundo Pio, expertise, inclusive, para indicar nomes ao alto escalão do Paço e ajudar na condução do governo, ao sair de gestão com experiência. “Temos ex-secretários filiados ao PMDB, suplentes que tiveram boa votação, com histórico administrativo. O PMDB teria muito para somar com a cidade em discussão aberta”. O dirigente da Câmara pontuou que é possível “sentar e discutir a criação de projeto político para os próximos dez, 15 anos” em São Caetano. Ele relembrou que os ex-prefeitos Walter Braido e Luiz Tortorello, ambos chefes do Executivo por três mandatos, tinham forte grupo de apoio, fator que auxiliou no crescimento local.

Há sinalizações por parte do governo na tentativa de fazer essa conciliação com peemedebistas. Pio falou que momento delicado do ponto de vista financeiro exige “abraço político”, entre vereadores e prefeito. Para o peemedebista, seria fácil fazer “política do contra” quando adotadas medidas impopulares pelo Paço. “Poderíamos estimular o derretimento. Era terreno fértil, irresponsável, para expor o prefeito”, disse, exemplificando o caso de eventual corte nas bolsas de estudo na USCS (Universidade Municipal de São Caetano).  




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