Corpos e mentes em plena atividade não são mais privilégios dos jovens. A procura por conhecimento e atividade por parte de pessoas com mais de 50 anos aumentou na mesma proporção que as faculdades especializadas nesse público, tanto assim que na região dez instituições oferecem cursos para esse público, que abordam temas como Psicologia, saúde e Filosofia, centrados na qualidade de vida do idoso.

“Depois de certa idade, a pessoa fica com a síndrome do ninho vazio, porque os filhos já se casaram e saíram de casa ou porque o marido ou a mulher faleceu. Isso, às vezes, leva à depressão. Nosso trabalho é reintegrar essas pessoas à sociedade através da convivência com outras pessoas”, explica a coordenadora da Universidade Livre da Terceira Idade de Diadema, Márcia de Fátima Polini. Segundo ela, a cada final de semestre é feita uma pesquisa de avaliação do curso entre os alunos. “Nesse estudo, eles revelam melhora na auto-estima, na relação interpessoal, com a família e amigos, diminuição da depressão e da ansiedade.” A universidade tem 51 alunos atualmente e o curso dura três anos.

Em nenhuma das instituições o ensino está voltado para a graduação. Os alunos também não são obrigados a cursar todos os módulos. “Não oferecemos diplomas, nem exigimos provas ou exames de avaliação. Por meio da neurolingüística, fazemos com que o indivíduo trabalhe seu próprio emocional. Muitos chegam aqui com baixa auto-estima. O objetivo é fazer com que ainda se sintam capazes”, disse a coordenadora dos cursos para a terceira idade da Faculdade Octógono, Antonia Clarice de Medeiros. A duração média do curso nessa faculdade é de dois anos.

Na região há cursos em Santo André, São Bernardo, Diadema, São Caetano e Ribeirão Pires (ver quadro). Na maioria das faculdades, o início das aulas está previsto para a segunda quinzena deste mês. Apenas nas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires o curso é gratuito. Nas demais instituições, as mensalidades custam até R$ 80.