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Empresa de cigarros é acusada de corrupçao no México
Do Diário do Grande ABC
27/02/2000 | 17:28
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A empresa fabricante de cigarros Phillip Morris (PM) promoveu práticas pouco recomendáveis na América Latina, para barrar legislaçoes antitabagistas e esconder informaçoes sobre os danos do fumo à saúde, denunciou neste domingo o jornal mexicano Reforma.

Segundo o jornal, as práticas da Phillip Morris incluíram o emprego de "relaçoes com 'jornalistas amigáveis' e o pagamento de propinas a médicos, para que publicassem artigos 'especializados', para contradizer evidências científicas sobre os danos à saúde" causados pelo consumo do tabaco.

O jornal lembrou que, em setembro de 1999, as "empresas de tabaco norte-americanas se viram obrigadas a colocar, num endereço da Internet, uma documentaçao que até entao era secreta". Um desses documentos, disse, contém uma reportagem de 1992 a executivos realizada por Aurora González, responsável pelas relaçoes-públicas da companhia para a América Latina: "No México, uma proposta para modificar a lei de saúde foi apresentada no começo do ano (1992). A iniciativa original continha um número de restriçoes que tivessem afetado fortemente nossa habilidade em anunciar e promover nossos produtos de tabaco".

O texto acrescenta que "depois de longas negociaçoes dos representantes da Cigatam (empresa mexicana produtora de cigarros, associada à PM) com o Governo mexicano, os artigos mais restritivos foram retirados, e uma versao mais leve está esperando a assinatura do Presidente da República".

Segundo informaçoes da Secretaria Federal de Saúde, no México, 50% da populaçao está exposta aos riscos do fumo.




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