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Eixo Tamanduatehy ainda tem espaço para se desenvolver
Por Mariana Oliveira
Do Diário do Grande ABC
01/02/2006 | 07:57
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Principal motor da economia de Santo André, o Eixo Tamanduatehy ainda tem espaço para se desenvolver. Dos 9,5 km² de área total, que abrigam as maiores empresas da cidade, 12% estão disponíveis para instalação de novos empreendimentos – 1,2 km². No ano passado, o eixo se valorizou com o aporte de investimentos do Pólo Tecnológico da TIM e com a definição da implantação da UFABC (Universidade Federal do Grande ABC).

Os dados fazem parte de estudo divulgado nesta terça durante o lançamento da 10ª edição do boletim do Observatório Econômico, órgão de pesquisas mantido em parceria da Prefeitura de Santo André com a FSA (Fundação Santo André).

Os espaços disponíveis no Eixo Tamanduatehy, criado em 1997, se referem a 75 lotes sem nenhum tipo de construção, cujos preços por metro quadrado variam entre R$ 120 e R$ 700 – quanto mais próximo ao centro, mais caro o terreno. A área que forma o eixo vai desde a avenida dos Estados, na divisa com São Caetano, passa pela avenida Industrial, na região central, e segue pela avenida Giovani Batista Pirelli, até a divisa com Mauá. As empresas do eixo são responsáveis por 56% da economia andreense.

A maior parte dos terrenos vazios está com problemas de documentação e pendências com impostos, como IPTU. Para superar esse entrave na comercialização, a Prefeitura de Santo André pretende facilitar a negociação dos imóveis. “Embora se tratem de áreas privadas, são espaços importantes para o desenvolvimento. Já realizamos intervenções nas avenidas Industrial e dos Estados e fizemos alterações no Plano Diretor, para possibilitar, por exemplo, instalação de empreendimentos imobiliários nessa área, que é tipicamente industrial”, explicou o secretário de Desenvolvimento e Ação Regional, Luís Paulo Bresciani.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Econômico da cidade, David Gomes de Souza, a prefeitura já interviu, no ano passado, na instalação da rede atacadista Makro. “O Makro nos procurou, interessado na abertura de nova loja na avenida dos Estados. O terreno pretendido, porém, tinha dívida alta de IPTU. Negociamos com o proprietário e uma parte do terreno foi dada à prefeitura como parte do pagamento.”

No ano passado, duas notícias contribuíram para a valorização do eixo. A instalação de um call center da TIM, que será seguido da implantação de um pólo tecnológico que envolve recursos de R$ 262 milhões a serem aplicados gradativamente até 2007. Além disso, o governo federal aplicará, somente na instalação da primeira fase da UFABC, R$ 48 milhões.

Um dos imóveis da área do eixo na avenida Industrial, ao lado do Tersa (Terminal Rodoviário de Santo André), apesar de vazio, logo ganhará uma destinação. Isso porque as antigas instalações da produtora de fertilizantes IAP Indústria Agropecuária darão espaço a um empreendimento imobiliário residencial, da construtora Goldfarb, com sede em São Paulo.

Transformação – Aquela região passou por intensas transformações desde 1980, quando perdeu grandes indústrias, muitas das quais transformadas em empreendimentos comerciais e de serviços. Os principais exemplos são CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), em cujo imóvel está atualmente a Uniabc; General Eletric do Brasil, onde está instalado o ABC Plaza Shopping; e a Fiação e Tecelagem Santo André, que abriga a Coop – Cooperativa de Consumo.

Porém, o domínio industrial naquela região continua. Na lista das 35 maiores empresas do Eixo, as 12 primeiras são do setor industrial. Entre elas, as principais são Pirelli Pneus, Bridgestone Firestone, Petroquímica União, Polietilenos União e Rhodia Poliamida.




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