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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

A natureza é o melhor remédio
Por Do Diário do Grande ABC
18/04/2019 | 11:13
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Artigo

Manter a saúde física e mental equilibrada não depende exclusivamente de medicamentos. Estabelecer rotina que agregue hábitos saudáveis no dia a dia é essencial para prevenir doenças. Nesse sentido, a prática de atividades em áreas verdes e o contato com a natureza são cada vez mais indicados. Em um dos estudos sobre o tema, pesquisadores japoneses da Universidade de Chiba enviaram grupo de voluntários para passear em sete florestas diferentes, enquanto outro grupo andou pelos centros das cidades. As pessoas que tiveram contato com a natureza mostraram queda de 16% no cortisol (o hormônio do estresse), declínio de 2% na pressão sanguínea e queda de 4% na frequência cardíaca. A explicação dada é que nossos corpos tendem a relaxar em ambientes ao ar livre para interpretar informações da natureza, o que não acontece para a correria das grandes cidades. Outro trabalho, produzido na Austrália, mostra que pessoas que frequentam regularmente áreas verdes apresentam taxas mais baixas de depressão e pressão alta, além de apresentarem maior integração social.

Os benefícios desses cuidados com a saúde também são visíveis na economia. Na Austrália, por exemplo, cerca de R$ 34,3 bilhões são gastos por ano para cobrir os custos sociais da depressão. Na Grã-Bretanha, aproximadamente 12,5 milhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido ao estresse, depressão ou ansiedade. Ou seja, o incentivo ao contato com a natureza pode trazer economia significativa aos orçamentos da saúde pública e privada. A conexão com a natureza e áreas verdes é possível e acessível. Podemos reorganizar a nossa rotina em prol da nossa saúde. Que tal investir 20 minutos do seu dia em caminhadas, esportes ou meditação em contato com a natureza? Dessa forma, você ficará exposto a elementos que afetam positivamente seu cérebro e corpo. Correr em bosque, por exemplo, traz mais satisfação, mais prazer e menos frustração do que em lugares fechados. Cultivar plantas, seja dentro de casa ou no escritório, pode melhorar a cognição, aumentar a energia e até diminuir a dor.

Ficar longe dos grandes centros urbanos, passar um tempo contemplando ou meditando na natureza, comer de forma saudável e dormir bem certamente farão com que se sinta descansado, renovado e de volta aos trilhos. Estudo recente publicado no Journal of Psychosomatic Research constatou que retiros de meditação são bastante eficazes na redução de ansiedade, depressão e estresse. É esforço fundamental, que traz resultados significativos. Quanto mais próximo estiver da natureza, melhor serão a saúde e a qualidade de vida.

Leide Takahashi é gerente de conservação da biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, integrante da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza e doutora em conservação da natureza.

Palavra do leitor

Ipred
Impressionou-me a luxúria do Ipred (Instituto de Previdência de Diadema), como abordada por João Paulo de Oliveira (Muito caro, dia 13). Trata-se de decisão própria de quem se serve da administração – para cada obra um novo projeto – e por especialistas que dispensam licitação a preços convenientes a ambas as partes. Gordas comissões a intermediários. Enfoque na aparência, no conforto dos agentes, no exibicionismo que ilude a maioria do eleitorado e dá votos. Nenhuma preocupação com funcionalidade. Saudades de governos como os dos professores Lucas Nogueira Garcez e Carvalho Pinto, quando as escolas estaduais eram as melhores. Vale lembrar que, ao contrário de perdulárias administrações anteriores e posteriores, nada de prédios suntuosos nem de locações supervalorizadas. No governo Carvalho Pinto as repartições estaduais passaram a ocupar prédios próprios do Estado, construídos sob projetos padronizados, de fácil localização, como escolas, fóruns, distritos policiais, casas da lavoura, coletorias e tudo o mais, como se podem encontrar, até hoje, por todo o Estado de São Paulo, a exemplo dos fóruns de Diadema e Mauá, para citar apenas dois.
Nevino Antonio Rocco
São Bernardo

Água barrenta
Sou morador da Vila Pires, em Santo André, e quando o motivo de descontentamento não são as constantes faltas de energia elétrica é a água que recebemos do Semasa. Já não é a primeira vez que a recebemos em condições não potáveis. Desta vez foi absurdo o que recebemos como ‘potável’. Simplesmente barro! E isso é muito complicado. Todos sabemos que as doenças se propagam com falta de saneamento, e a nossa cidade está longe de ser exemplo. Água em condições ruins causa vários tipos de doenças e, assim, temos o caos na saúde pública. Quando recebemos a nossa conta de água pode se perceber que os parâmetros analisados sempre são os mesmos, mas impossível de se atender aos requisitos básicos da portaria do Ministério da Saúde número 2.914, de 2011, com a água nessas condições. O Semasa deveria esclarecer sobre o que está acontecendo no abastecimento de água em nossa cidade. E quem não tem pré-filtro em casa como faz? Doença na certa! Descaso total.
David Faria
Santo André

Remédio
Com toda a esperança que o eleitor depositou no presidente da República e sua equipe de trabalho, infelizmente o povo esperava que fossem aplicadas doses mais eficazes de ‘medicamentos’ para combater esse vírus infeccioso que tomou conta dos políticos quase que em geral, assim como em vários setores de órgãos públicos e autarquias. Porque ‘doenças contagiosas e crônicas’ não é com um simples analgésico e relaxante muscular que irão deixar os ‘pacientes’ aptos para exercerem suas funções e obrigações públicas junto à Nação e à população. Acho que está na hora de mudar o tipo de tratamento e colocar o Brasil na ala da ordem e do progresso.
Sergio Antonio Ambrósio
Mauá

Supremo
Se alguns dos ministros do STF, até irados, reclamam dos excessos de MPF e PF sobre delações, condução coercitiva etc., praticados sobre supostos envolvidos na Lava Jato, o que dizer então desta mesma Corte quando, em flagrante atitude corporativista e inconstitucional, o ministro Alexandre de Moraes, como se estivéssemos em plena ditadura, em ato de pura censura, além de outras medidas, como multa de R$ 100 mil e depoimento de diretores à PF em 72 horas, exige a retirada de circulação da revista Crusoé, que pertence ao site Antagonista?
Paulo Panossian
São Carlos (SP) 




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