Um terremoto de 8,8 graus na escala Richter atingiu o Chile no dia 27 de fevereiro, destruindo edifícios e pontes e matando mais de 800 pessoas. Na capital, Santiago, a torre do sino da Igreja Nossa Senhora da Providência desabou e o Museu Nacional de Belas Artes foi severamente danificado. O epicentro do tremor foi localizado a 325 quilômetros a sudoeste de Santiago e a 115 quilômetros de Concepción, a segunda maior cidade do país, a uma profundidade 35 quilômetros. Em Concepción, caminhões foram engolidos por fraturas abertas na terra e prédios ficaram em chamas. No período de duas horas e meia após o abalo, que durou 90 segundos, o centro de pesquisa geológica dos EUA registrou outros 11 tremores, cinco dos quais medindo 6 graus ou mais.

O maior terremoto da história do país atingiu essa mesma área do Chile, em 22 de maio de 1960. O tremor, de magnitude 9,5 matou 1 655 pessoas e deixou 2 milhões desabrigadas. Na época, o tsunami provocado por esse abalo resultou em mortes no Havaí, Japão e Filipinas e também causou danos na costa oeste dos EUA.Ondas dois metros acima do normal atingiram a costa do país, de acordo com o centro de pesquisa geológica do EUA.

Testemunhas na região costeira de Maule, próxima ao epicentro do abalo, viram casas "simplesmente desaparecerem". Saques foram registrados na capital Santiago. Imagens da televisão mostraram pessoas correndo de supermercados em Concepción, carregando leite em pó e fraldas descartáveis. Em outros lugares, homens jovens carregavam pacotes de cigarros.

A presidente Michelle Bachelet decretou estado de exceção por catástrofe nas regiões de Maule e BioBío e um toque de recolher. Ela também pediu ajuda internacional para socorrer a população, já que pelo menos 1,5 milhão de casas foram danificadas pelo terremoto, das quais 500 mil foram totalmente destruídas. O governo do Chile admitiu que cometeu um "erro" ao minimizar, inicialmente, o risco de um tsunami atingir a região costeira do país. "Houve um erro" disse o ministro da Defesa, Francisco Vidal, em coletiva de imprensa um dia após cidades costeiras no sul do Chile terem sido atingidas.

15/12/2010 12:07 - YR/ /RETROSPECTIVA 2010/FEVEREIRO/ABRE

Fevereiro, 2010: terremoto mata 800 pessoas no Chile

Por AE Mídia

São Paulo, 15 (AE) - Um terremoto de 8,8 graus na escala Richter atinge o Chile no dia 27 de fevereiro, destruindo edifícios e pontes e matando mais de 800 pessoas. Na capital, Santiago, a torre do sino da Igreja Nossa Senhora da Providência desabou e o Museu Nacional de Belas Artes foi severamente danificado. O epicentro do tremor foi localizado a 325 quilômetros a sudoeste de Santiago e a 115 quilômetros de Concepción, a segunda maior cidade do país, a uma profundidade 35 quilômetros. Em Concepción, caminhões foram engolidos por fraturas abertas na terra e prédios ficaram em chamas. No período de duas horas e meia após o abalo, que durou 90 segundos, o centro de pesquisa geológica dos EUA registrou outros 11 tremores, cinco dos quais medindo 6 graus ou mais.

O maior terremoto da história do país atingiu essa mesma área do Chile, em 22 de maio de 1960. O tremor, de magnitude 9,5 matou 1 655 pessoas e deixou 2 milhões desabrigadas. Na época, o tsunami provocado por esse abalo resultou em mortes no Havaí, Japão e Filipinas e também causou danos na costa oeste dos EUA.Ondas dois metros acima do normal atingiram a costa do país, de acordo com o centro de pesquisa geológica do EUA.

Testemunhas na região costeira de Maule, próxima ao epicentro do abalo, viram casas "simplesmente desaparecerem". Saques foram registrados na capital Santiago. Imagens da televisão mostraram pessoas correndo de supermercados em Concepción, carregando leite em pó e fraldas descartáveis. Em outros lugares, homens jovens carregavam pacotes de cigarros.

A presidente Michelle Bachelet decretou estado de exceção por catástrofe nas regiões de Maule e BioBío e um toque de recolher. Ela também pediu ajuda internacional para socorrer a população, já que pelo menos 1,5 milhão de casas foram danificadas pelo terremoto, das quais 500 mil foram totalmente destruídas. O governo do Chile admitiu que cometeu um "erro" ao minimizar, inicialmente, o risco de um tsunami atingir a região costeira do país. "Houve um erro" disse o ministro da Defesa, Francisco Vidal, em coletiva de imprensa um dia após cidades costeiras no sul do Chile terem sido atingidas.