Economia Titulo Sem pagamento
Funcionários da Schmidt estão há dois meses sem salário
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
04/09/2010 | 07:08
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Os funcionários da unidade de Mauá de uma das maiores empresas de porcelana da América do Sul, a Schmidt, estão com salários atrasadas há mais de dois meses. Representantes do sindicato da categoria informaram aos cerca de 500 operários que o novo presidente da companhia prometeu acertar as dívidas até o fim do mês.

De acordo com operário que não quis se identificar, a unidade de Mauá está inoperante há três semanas. Apenas algumas pessoas da área administrativa exercem suas funções.

A paralisação ocorre devido à falta de pagamento dos funcionários. Aqueles que têm funções na linha de produção não recebem vale-alimentação e estão sem cesta básica há três meses, informou a fonte.

Sem salários e alimentos, os trabalhadores também não recebem vale-transporte há dois meses.

O funcionário que preferiu sigilo sobre sua identidade contou que o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Cerâmica de Mauá compareceu, nesta semana, na fábrica para informar sobre contato com o novo presidente da empresa, Nelson Luiz Vieira de Moraes Lara.

Segundo o trabalhador, o gestor pretende reiniciar as atividades da unidade de Mauá em pouco tempo. E para isso prometeu acertar todas as dívidas trabalhistas, de três unidades no País, até o fim de setembro, que giram em torno de R$ 1 milhão.

Lara confirmou o pagamento dos débitos trabalhistas em coletiva na unidade de Campo Largo, no Paraná, conforme a imprensa paranaense.

Procurados, os porta-vozes da Schmidt não foram encontrados. E ninguém atendeu as chamadas da equipe do Diário na sede do sindicato.

NOVAMENTE
O atraso de dois meses de pagamento aos trabalhadores da unidade de Mauá não é o primeiro episódio do ano. Os salários de fevereiro também foram pagos posteriormente. A empresa liquidou as dívidas com os funcionários da região em três parcelas em março. Em abril também houve atraso. Na época, os ceramistas entraram em greve.

A Schmidt assumiu no fim do primeiro trimestre que passava dificuldades financeiras e que não conseguia honrar os salário em dia desde o fim do ano passado.

Os funcionários de Mauá trabalham com a área de estampas das peças. Também estão concentradas na unidade a o setor administrativo da empresa e o de exportação. Os produtos são fabricados em Campo Largo e Pomerode (SC).




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